Panorama de Mercado 27/07/2021

Visão de Mercado

Movimento de ativos no exterior!
As ações dos Estados Unidos recuavam de máximas recordes nesta terça-feira, antes de balanços corporativos das empresas mais valiosas em Wall Street e da reunião de política monetária do Federal Reserve.

Dados de bens de capital mais fracos que o esperado afetavam de certa forma o sentimento, enquanto investidores aguardam ainda mais sinais do banco central dos EUA sobre quando pretende começar a reduzir seu programa de estímulo. A reunião de dois dias do Fed começa nesta terça-feira. Às 11:31 (horário de Brasília), o índice Dow Jones .DJI caía 0,35%, a 35.022 pontos, enquanto o S&P 500 .SPX perdia 0,65034%, a 4.394 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuava 1,27%, a 14.652 pontos.

Rentabilidade dos Treasures longos nessa tarde:

Os rendimentos do Tesouro dos EUA caíram na terça-feira com a reunião de política de dois dias do Federal Reserve em andamento.

O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos de referência caiu 3,7 pontos base para 1,239% às 10h15 ET. O rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos caiu 3,1 pontos base para 1,894%. Os rendimentos se movem inversamente aos preços e 1 ponto base é igual a 0,01 ponto percentual.

A reunião de dois dias do Federal Open Market Committee começa na terça-feira. Um comunicado será divulgado após a conclusão da reunião na quarta-feira, seguida pela entrevista coletiva do presidente Jerome Powell.

Os investidores aguardam informações sobre a posição do banco central em relação à política monetária.

“Não acho que teremos grandes surpresas [da reunião do Fed]. Talvez isso permita que algumas incertezas se dissipem um pouco. Talvez você veja os rendimentos subirem um ou dois pontos-base, mas não tenho certeza se veremos grandes movimentos ”, disse Victoria Fernandez, estrategista-chefe de mercado da Crossmark Global Investments.

Radar de Mercado:

Ainda que em viés de leve valorização, o Real brasileiro mantém esse tímido movimento perante seus principais pares em uma tarde no qual o mercado apresenta uma característica de “andar de lado” até que se tenha uma melhor visão dos dados e balanços que estão sendo divulgado e também que se interprete o relatório do FOMC. Até que isso ocorra é pouco provável que exista uma proatividades no mercado de ativos acionários e consequentemente no fluxo cambial no qual envolve a divisa brasileira.

EUA
As novas encomendas do núcleo de bens de capital fabricados nos Estados Unidos aumentaram com força em junho, apesar das restrições de oferta que prejudicaram a produção em algumas fábricas, sugerindo que os gastos das empresas com equipamentos podem permanecer fortes após o segundo trimestre.
As encomendas de bens de capital fora do setor de defesa excluindo aeronaves, indicador observado de perto para planos de gastos empresariais, aumentaram 0,5% no mês passado, informou o Departamento do Comércio nesta terça-feira.
Os pedidos do chamado núcleo de bens de capital cresceram 0,5% em maio.
Economistas consultados pela Reuters previam que as encomendas do núcleo de bens de capital subiriam 0,7%.
O investimento empresarial em equipamentos disparou durante a pandemia de Covid-19, o que sustentou a manufatura, que responde por 11,9% da economia dos EUA. Enquanto isso, os gastos do consumidor mudaram de serviços para bens, conforme milhões de norte-americanos permaneciam em casa.



Taxas de juros em mínimas recordes e medidas de estímulo fiscal massivas deram um impulso adicional, gerando restrições de oferta.
Embora a demanda esteja voltando para os serviços, com pouco menos da metade da população dos EUA totalmente vacinada contra o coronavírus, os gastos com bens devem continuar altos.
O núcleo das encomendas de bens de capital foi impulsionado no mês passado pelo aumento da demanda por máquinas e metais primários, bem como computadores e produtos eletrônicos. Pedidos equipamentos elétricos, eletrodomésticos e componentes não se alteraram.

Gatilhos do dólar – Comentários

Por Guacyro Filho

ALERTA DO FMI – FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL.

O Fundo Monetário Internacional alertou na terça-feira que existe um risco de que a inflação venha a ser mais do que apenas transitória, pressionando os bancos centrais a tomar medidas preventivas.

A questão está atualmente dividindo a comunidade de investidores, que tem se ocupado pensando se um recente aumento nos preços ao consumidor veio para ficar. Nos EUA, o índice de preços ao consumidor atingiu 5,4% em junho - o ritmo mais rápido em quase 13 anos . No Reino Unido, a taxa de inflação atingiu 2,5% em junho - o nível mais alto desde agosto de 2018 e acima da meta do Banco da Inglaterra de 2%.

Na maior parte, a instituição com sede em Washington vê essas pressões de preços como transitórias. “A inflação deve retornar aos seus níveis pré-pandêmicos na maioria dos países em 2022”, disse o Fundo em sua última atualização do World Economic Outlook, divulgada na terça-feira.
No entanto, alertou que “a incerteza continua alta”.
“Há, entretanto, o risco de que pressões transitórias se tornem mais persistentes e os bancos centrais precisem tomar medidas preventivas”, disse o FMI.
Os preços mais altos aumentam as chances de os bancos centrais começarem a conter suas políticas monetárias ultra acomodatícias, como a redução dos estímulos amigáveis ao mercado, como a compra de ativos.

Em declarações no início deste mês, o presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, disse que o mercado de trabalho “ainda está longe” de onde o banco central gostaria de vê-lo antes de reduzir o estímulo. Ele acrescentou que a inflação “provavelmente permanecerá elevada nos próximos meses antes de moderar”.

O FMI já havia apontado no início deste mês que se os EUA fornecerem mais apoio fiscal, isso poderá aumentar ainda mais as pressões inflacionárias e levar a um aumento nas taxas de juros antes do esperado.

O economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, disse em uma postagem de blog na terça-feira que “interrupções mais persistentes no fornecimento e aumento acentuado nos preços das moradias são alguns dos fatores que podem levar a uma inflação persistentemente alta”.

Ela também alertou que “a inflação deve permanecer elevada até 2022 em alguns mercados emergentes e economias em desenvolvimento, em parte relacionada às contínuas pressões dos preços dos alimentos e depreciações da moeda”.
A recuperação global ‘não é garantida’.
O FMI manteve na terça-feira sua previsão de crescimento global em 6% para 2021, mas revisou suas expectativas para 2022.

Em vez de uma taxa de produto interno bruto de 4,4%, conforme previsto em abril; o Fundo agora vê uma taxa de crescimento de 4,9% no próximo ano.

“A elevação de 0,5 ponto percentual para 2022 deriva em grande parte da atualização prevista para as economias avançadas, particularmente nos Estados Unidos, refletindo a legislação prevista de apoio fiscal adicional na segunda metade de 2021 e melhores indicadores de saúde de forma mais ampla em todo o grupo”, disse o FMI disse.

No entanto, o panorama depende das campanhas de vacinação contra o coronavírus.

Análise Técnica - Gráfico Diário
Dólar x Real: -0,14%

O 2º dia de queda no dólar frente ao Real é marcado por pouco volume financeiro característico de um mercado que aguarda a consolidação de resultados no mercado global.
Tecnicamente o candle do intraday configura um martelo de baixa que pouco nos permite traçar qualquer interpretação uma vez que se trata de um movimento no intraday. Os testes estão precificados além da taxa spot R$5,1485 representado pela média móvel de 21 períodos também, aos suportes colados em nosso gráfico abaixo.

Suporte 3	Suporte 2	Suporte 1	Pontos de Pivô	Resistência 1	Resistência 2	Resistência 3
5,1072	5,1373	5,1559	5,1860	5,2161	5,2347	5,2648

 

Análise Técnica - Gráfico Diário

Dólar INDEX: -0,18% (comportamento do dólar ante as principais moedas no exterior)

Observem nossos indicadores técnicos assim como os principais pontos de suporte e resistência:

Suporte 3	Suporte 2	Suporte 1	Pontos de Pivô	Resistência 1	Resistência 2	Resistência 3
92,28	92,45	92,55	92,72	92,88	92,99	93,15

 

Fonte: Reuters e Investing.com