Down Jones +0,29% S&P +0,28% NASDAQ +0,15% Petróleo (WTI)  +0,59%
DAX -0,28% FTSE 100 +0,34% EURO STOXX 50 +0,07% Petróleo (Brent) +0,62%
NIKKEI  -0,03% SHANGHAI +0,74% IBOVESPA -0,46% Ouro  -0,87%

Visão de Mercado

As ações de tecnologia levaram o Nasdaq a uma pontuação recorde nesta quarta-feira, e o S&P 500 também bateu nova máxima histórica, enquanto perdas no setor de saúde e cautela antes do simpósio anual de Jackson Hole, organizado pelo Federal Reserve, limitavam o fôlego do mercado em geral.

Às 12:15 (horário de Brasília), o índice Dow Jones .DJI subia 0,2%, a 35.439 pontos, enquanto o S&P 500 .SPX ganhava 0,122597%, a 4.492 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq .IXIC avançava 0,08%, a 15.032 pontos.

O Ibovespa recuava nesta quarta-feira, voltando a operar abaixo dos 120 mil pontos, refletindo ajustes após forte alta na véspera, com dados acima do esperado para a inflação no Brasil e certa hesitação nos mercados externos de pano de fundo.Às 11:31, o Ibovespa .BVSP caía 0,4 %, a 119.727,92 pontos. O volume financeiro somava 6,16 bilhões de reais.Na terça-feira, o Ibovespa subiu 2,33%, a 120.210,75 pontos, marcando o maior avanço diário desde janeiro, apoiado na alta das commodities e declarações de autoridades buscando amenizar receios com o quadro fiscal no país. (Full Story)Mais cedo nesta quarta-feira, o IBGE divulgou que o IPCA-15, prévia da inflação oficial do Brasil, disparou para o nível mais alto para um mês de agosto em quase duas décadas, com alta de 0,89%, com a medida em 12 meses chegando a 9,30%.
A notícia endossava acréscimos nas taxas futuras de juros, contaminando a bolsa paulista.Além disso, apesar de sinalizações mais apaziguadoras na véspera por autoridades como o presidente da Câmara dos Deputados do ponto de vista fiscal, a situação ainda preocupa, assim como a tensão política no país.

Rentabilidade dos Treasures longos nessa tarde:

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Os rendimentos do Tesouro dos EUA subiram na manhã de quarta-feira, com os investidores se preparando para o simpósio Jackson Hole do Federal Reserve.
O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos de referência acrescentou 4 pontos base, subindo para 1,332% às 10h50 ET. O rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos aumentou 3,5 pontos base para 1,943%. Os rendimentos se movem inversamente aos preços e 1 ponto base é igual a 0,01%.

O simpósio anual do Fed em Jackson Hole, reunindo banqueiros centrais de todo o mundo, terá início na quinta-feira.

O presidente do Fed, Jerome Powell, deve fazer um discurso às 10h ET da sexta-feira, com os investidores atentos a quaisquer detalhes sobre quando o banco central vai reduzir seu programa de compra de títulos de US $ 120 bilhões por mês.

Antoine Lesne, chefe de estratégia e pesquisa SPDR ETF, EMEA na State Street Global Advisors, disse ao ” Squawk Box Europe ” da CNBC que, com base nos dados econômicos melhorados, ele acreditava que o Fed poderia começar a falar sobre redução gradual, mas que isso se tornaria mais de uma discussão em sua reunião política de setembro.

“Acreditamos que os aumentos das taxas ainda estão muito longe, definitivamente não uma história de 2021, mais de uma história de 2022 e que a redução ocorrerá mais no final do ano”, disse ele.

Não há grandes lançamentos de dados previstos para quarta-feira.

Os leilões serão realizados na quarta-feira para $ 30 bilhões em notas de 119 dias, $ 61 bilhões em notas de 5 anos e $ 26 bilhões em notas de taxa flutuante de 2 anos.

O governo também vai leiloar 61 bilhões de dólares em títulos de cinco anos na quarta-feira e 62 bilhões em Treasuries de sete anos na quinta-feira.

Radar de Mercado:
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O dólar carecia de direção clara nesta quarta-feira, chegando ao fim da manhã em queda para R$5,23 depois de superar 5,27 reais mais cedo. Na bolsa, o Ibovespa voltava a ficar abaixo de 120 mil pontos, com dados de inflação também no radar.

BRASIL
Para além do ruído, agentes devem olhar para fiscal inegavelmente melhor, diz Campos Neto

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O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, chamou a atenção nesta terça-feira para a melhora nos indicadores fiscais do país, ressaltando que o pano de fundo para a dívida bruta é hoje "inegavelmente melhor" do que há alguns meses, e não apenas por causa do impacto da inflação.Em participação no evento Expert XP, ele insistiu que o mercado precisa olhar "para além do ruído" e frisou que a expectativa para o resultado primário no próximo ano é de "número muito próximo ao que imaginávamos antes da pandemia".Campos Neto reiterou que barulho mais recente em torno da questão fiscal se deve à percepção do mercado de que a PEC dos Precatórios e a própria reforma do Imposto de Renda tinham como principais objetivos viabilizar um Bolsa Família mais robusto no que vem. "Entendo sensibilidade do mercado a esse tema, mas na figura mais ampliada estamos num movimento fiscal que teve alguma melhora", disse, acrescentando que os números estão melhores do que o mercado tem tomado como verdade.
Para Campos Neto, a inflação ajuda na melhor trajetória para a dívida bruta que é hoje esperada para o país, mas há um "bom pedaço" desse movimento que não está ligado ao aumento de preços na economia.Em apresentação, ele apontou que a perspectiva para a dívida bruta é de que fique em 82,1% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, conforme dados do boletim Focus, colhido pelo BC junto a economistas.Em novembro do ano passado, a expectativa era de que o indicador chegaria a 95,8% do PIB. Ao decompor essa diferença, o BC atribuiu uma queda de 5,5 pontos à inflação, de 3,8 pontos à redução do déficit primário projetado e de 2,5 pontos pelo PIB real.O BC considerou ainda uma diminuição de 3,2 na linha "outros", que inclui erros de aproximação, e um aumento de 1,2 ponto pela elevação dos gastos com juros, em meio ao ciclo de aperto monetário que está conduzindo.

Inflação
Ainda sobre a inflação, Campos Neto avaliou que o tema é "obviamente uma preocupação", assinalando que o descolamento das expectativas de mercado para o IPCA no próximo ano subiu em relação às projeções da autoridade monetária.O mercado espera uma inflação de 3,93% para 2022, segundo mediana do último relatório Focus --que reúne projeções de mais de cem economistas--, enquanto o BC estima um IPCA de 3,5% em seu cenário básico. Campos Neto disse que o BC tem sido o mais transparente possível na comunicação oficial de como enxerga o problema inflacionário, olhando de perto a inflação de serviços.

Arrecadação Federal
A arrecadação da Receita Federal cresceu 35,47% em julho, em termos reais, a 171,27 bilhões de reais, informou a Receita Federal nesta quarta-feira.
No acumulado do ano, a arrecadação teve alta real de 26,11%, a 1,053 trilhão de reais.

Gatilhos do dólar – Comentários
Por Guacyro Filho

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A alta de ontem foi formada por uma junção de fatores relacionados ao alívio de temores fiscais domésticos, commodities em alta e realização de lucros após escalada recente da divisa norte-americana.

Hoje os mercados estão mais cautelosos às vésperas do início do simpósio do FED, em Jackson Hole, onde é aguardada uma coletiva de imprensa concedida por Jerome Powell na sexta-feira (26). Um corte no programa de recompra de títulos já no fim desse ano poderia reduzir a liquidez da economia mundial a curto prazo, mas a economia norte americana ainda demostra uma certa dependência desse suporte público com indicadores de sentimento do consumidor e dados econômicos que continuam enfraquecidos desde o último encontro do banco central.

As commodities seguem em alta, porém bem modestas, diferentes do forte rali de alta de ontem e esse movimento inibe nosso IBOVESPA que hoje trabalha abaixo dos 120 mil pontos.
Falando ainda do cenário nacional não se assustem com uma aparição cada vez maior nos últimos dias de autoridades políticas tentando trazer a ideia de que o Brasil está com uma agenda forte mesmo que na prática, ações não caminhem em alinhamento com esse discurso. Trata-se da tentativa de passar um sentimento de temas ligados a reformas e teto fiscal estão avançando, tivemos esse movimento ontem o que de certa forma contribuiu para a queda do dólar.
Saindo do discurso e indo aos dados, hoje o IBGE mostrou que o vilão da inflação foi a energia elétrica elevando nesse mês de agosto ao nível mais alto em quase 20 anos.
O Banco Central monitorando uma pressão inflacionária em expansão deverá manter o prêmio pago ao risco alto na expectativa de apresentar uma boa atratividade ao capital estrangeiro. Em meio a temores sobre a dinâmica dos preços, o BC já havia intensificado a dose do aperto monetário em sua última reunião ao adotar alta de 1 ponto percentual na Selic, a 5,25% ao ano, já indicando outro aumento de igual magnitude na próxima reunião do colegiado, em setembro.

CALENDÁRIO DA SEMANA
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Análise Técnica - Gráfico Diário
Dólar x Real: -0,14%

O dólar caminha em tímida desvalorização nessa tarde de quarta-feira véspera do início do simpósio do FED refletindo certa cautela por partes dos players globais.

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Suporte 3 Suporte 2 Suporte 1 Pontos de Pivô Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3
5,1538 5,2064 5,2388 5,2914 5,3440 5,3764 5,4290

 

Análise Técnica - Gráfico Diário

Dólar INDEX: +0,03% (comportamento do dólar ante as principais moedas no exterior)

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Observem nossos indicadores técnicos assim como os principais pontos de suporte e resistência:

Suporte 3 Suporte 2 Suporte 1 Pontos de Pivô Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3
92,66 92,76 92,83 92,93 93,04 93,10 93,21

 

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Fonte: Reuters e Investing.com