Down Jones -0,10% S&P -0,33% NASDAQ -1,06% Petróleo (WTI)  +1,85%
DAX -1,11% FTSE 100 +0,15% EURO STOXX 50 -1,26% Petróleo (Brent) +2,70%
NIKKEI  +0,09% SHANGHAI +0,20% IBOVESPA +0,28% Ouro  -1,15%

Visão de Mercado

Bolsa Americanas
S&P 500 e Nasdaq abrem em baixa com rendimentos em alta pesando sobre tecnologia

Os índices S&P 500 e Nasdaq abriram em baixa nesta terça-feira, com o aumento dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos pesando sobre ações de grandes empresas de tecnologia, enquanto papéis de bancos estendiam os ganhos à medida que investidores colocavam nos preços aperto monetário antecipado pelo banco central norte-americano.
O índice Dow Jones .DJI abriu perto da estabilidade, aos 35.619,92 pontos. O S&P 500 caía 0,10%, a 4.678,48 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuava 0,29%, para 15.809,50 pontos.

BOVESPA
Índice sobe com nova escalada do minério de ferro, com Vale e siderúrgicas em destaque
O Ibovespa subia mais de 1% nesta terça-feira, após cravar novo patamar mínimo do ano na véspera, com a valorização do minério de ferro impulsionando as ações da Vale e siderúrgicas, em movimento ainda respaldado por Wall Street.
Às 12:00, o Ibovespa .BVSP subia 1,29 %, a 103.442,32 pontos. O volume financeiro era de 7,7 bilhões de reais.

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Rentabilidade dos Treasures longos:

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Os rendimentos do Tesouro dos EUA caíram na manhã de terça-feira, com os investidores continuando a digerir a notícia de que Jerome Powell havia sido renomeado para o cargo de presidente do Federal Reserve.
O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos de referência aumentou cerca de 3 pontos base para 1,655%. O rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos somou mais de 2 pontos base para 2,004%. Os rendimentos se movem inversamente aos preços e 1 ponto base é igual a 0,01%.

Radar de Mercado:

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Dólar tem alta contra real em meio a ruídos domésticos e aversão a risco no exterior, seguindo confortavelmente acima dos 5,60 reais, refletindo cenário internacional de menor apetite por risco em meio a perspectivas de aumentos de juros nos Estados Unidos já em 2022.

Ruídos em torno da tramitação da PEC dos Precatórios no Congresso também davam suporte à moeda norte-americana, mantendo investidores cautelosos sobre as perspectivas fiscais do Brasil.

panorama-23112021-5Esse comportamento estava em linha com a força internacional do dólar, cujo índice frente a uma cesta de seis rivais fortes rondava máximas em 16 meses, apoiado pela notícia de que o presidente dos EUA, Joe Biden, nomeou Jerome Powell para um segundo mandato como chair do Federal Reserve, o banco central norte-americano. Lael Brainard, diretora do Fed que era considerada outra provável opção de Biden para o cargo principal do Fed, acabou sendo nomeada vice-chair.
A recondução de Powell, desta forma, elevou expectativas de que o banco central dos EUA aperte sua política monetária mais cedo do que o esperado, com os mercados monetários passando a precificar aumentos das taxas de empréstimo já em junho de 2022. "Se os juros sobem, isso ajuda a moeda norte-americana.

EUA
A NOVA POSTURA DO FED

O presidente norte-americano, Joe Biden, encerrou meses de especulação sobre sua escolha para comandar o Federal Reserve ao reconduzir Jerome Powell como chair e promover Lael Brainard, diretora do banco central, ao segundo cargo mais importante da instituição. O anúncio dá início a um processo de aprovação no Senado dos Estados Unidos que pode terminar no mês que vem ou se estender até o início de 2022.

O mandato atual de Powell como chair expira no início de fevereiro, e a cadeira do Conselho do Fed ocupada por Richard Clarida, atualmente o vice-chair, cargo para o qual Brainard foi nomeada, expira no final de janeiro.Nesse ínterim, o Fed continua com seus assuntos, e sua reunião de política do final do ano acontece em três semanas. Veja o que está por vir para o processo de liderança e a agenda do Fed:

PRIMEIRA PARADA: COMITÊ BANCÁRIO DO SENADO

As indicações de Powell e Brainard, cujas funções como membros do Conselho do Fed datam de 2012 e 2014, respectivamente, devem ser formalmente submetidas ao Senado, que as encaminhará ao Comitê Bancário da Casa, presidido pelo democrata Sherrod Brown. O comitê, dividido igualmente entre democratas e republicanos, agendará audiências de confirmação e, em seguida, votará para recomendar os indicados favoravelmente, desfavoravelmente ou sem recomendação para todo o Senado.
Autoridades do Fed, incluindo Powell e Brainard, entram num "período de silêncio" a partir do final da próxima semana antes de sua reunião política monetária de 14 a 15 de dezembro, tornando improvável que sua audiência de confirmação ou votação em comitê seja realizada antes disso.

AO SENADO COMPLETO

Independentemente da recomendação do Comitê, toda a Casa de 100 membros, também dividida igualmente, tem a palavra final. A vice-presidente Kamala Harris ficam com o voto de Minerva, caso seja necessário.Ambos já passaram por esse processo antes para chegarem a seus cargos atuais. Embora nenhum dos dois tenha recebido apoio unânime em suas indicações anteriores, ambos foram aprovados no final.Powell, um republicano que se concentrou extensivamente em suas relações com o Congresso desde que se tornou chair, em 2018, deve receber o apoio da maioria de ambos os partidos. Brainard, uma democrata, pode encontrar menos apoio bipartidário, mas pelo menos uma republicana -- Susan Collins, do Maine -- disse à Reuters que apoiaria ambos os indicados.

TRÊS VAGAS FALTANDO

Biden ainda tem três vagas a preencher no Conselho do Fed, de sete membros, incluindo o posto de vice-chair para supervisão, recentemente desocupado por Randal Quarles, que deixa o Fed no final do ano.Essas vagas oferecem a Biden uma oportunidade de deixar marca duradoura no banco central, e a maioria dos analistas espera que ele chame progressistas e pessoas de origens diversas para preencher os postos, especialmente para o papel de supervisão bancária.

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UMA "DANÇA DIFÍCIL"

Mark Zandi, economista-chefe da Moody's Analytics, vê alguns meses desafiadores adiante para o Fed, com quase tanta incerteza sobre a pandemia -- e os riscos que representam para a recuperação econômica quanto sobre a inflação.
As autoridades do banco "têm de aumentar os juros com rapidez suficiente e tirar o pé do acelerador rápido o suficiente para que a economia não experimente mercados de ativos descontrolados ou inflação que será difícil de retornar a patamares confortáveis", disse Zandi.

"É uma dança muito difícil que eles terão de fazer”

EUROPA
Schnabel, do BCE, vê risco de inflação mais alta.

A inflação da zona do euro será mais alta no próximo ano do que se pensava anteriormente e há o risco de que a alta dos preços fique acima da meta do BCE no médio prazo, disse Isabel Schnabel, membro do conselho do Banco Central Europeu, em entrevista à Bloomberg."Os riscos de inflação estão inclinados para cima", disse ela. "É plausível supor que a inflação recuará abaixo da nossa meta de 2% no médio prazo." "No entanto, pode haver mudanças estruturais apontando para outra direção", disse Schnabel, chefe das operações de mercado do BCE. "Não acho que possamos dizer verdadeiramente, com base nos dados de hoje, o que realmente vai acontecer." Schnabel acrescentou que os planos para encerrar a compra de títulos de emergência da pandemia continuam válidos, apesar de uma nova onda de Covid-19.

Brasil
Tributação sobre dividendos não progride no Senado em meio a lobby de bancos, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta terça-feira que a tributação sobre dividendos não progride em meio a lobby e pressão dos bancos, com a reforma do Imposto de Renda tendo ficado parada no Senado após ter sido aprovada pelos deputados. Em audiência pública na Câmara dos Deputados em que foi chamado para falar de offshore em seu nome no exterior, Guedes afirmou que banqueiros "ricos e poderosos" conseguiram esterilizar pagamento de imposto sobre os dividendos. Questionado sobre o fato de a reforma do IR aprovada pela Câmara ter excluído a proposta de tributação sobre offshores, Guedes disse que o texto enviado pelo Executivo com a sua assinatura continha a medida.

Gatilhos do dólar – Comentários
Por Guacyro Filho
Especial Novo Marco Legal do Câmbio – Parte 1

panorama-23112021-7Estarei publicando nessa semana um conteúdo extra sobre o novo marco Legal que está sendo votado hoje (23) no
Senado Federal.
Caso o Projeto
de Lei seja aprovado sem alterações em seu texto atual, seguirá para sanção presidencial. O Projeto de Lei que dispõe sobre o mercado de câmbio brasileiro, capitais brasileiros no exterior e capitais estrangeiros no País, além da prestação de informações ao Banco Central do Brasil.
O projeto de lei (PL 5.387/2019), de autoria do próprio BC, tem como um dos objetivos tornar o Real uma moeda mais fácil de converter e, por consequência, aumentar a agilidade e o volume de negócios e investimentos por aqui. Para isso, ele consolida em apenas uma lei mais de 40 dispositivos legais, como leis e portarias.

panorama-23112021-8A partir da nova lei, bancos e instituições financeiras poderão investir no exterior recursos captados no Brasil. Também estão previstos dispositivos que permitem a redução de custos na transferência de pequenos valores entre o Brasil e outros países e amplia a participação de fintechs no Brasil, aumentando a concorrência entre instituições.
FATOS:
Dinheiro em viagens

panorama-23112021-9Viajantes poderão transitar com mais dinheiro vivo em idas ao exterior. Antes, o limite era de R$ 10 mil por passageiro que estivessem chegando ao Brasil ou saindo dele. Com o marco legal, o novo valor passa a ser de US$ 10 mil (na cotação atual, mais de R$ 50 mil em espécie) ou o equivalente em outras moedas.

Normalmente, ao sair do país ou regressar, o cidadão tem de preencher um formulário em que responde se está carregando quantia superior a este valor.

Revenda de dólar entre pessoas físicas
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Outra mudança do marco legal é a possibilidade de comprar e vender pequenas quantidades de moeda estrangeira entre pessoas físicas. Na prática, muita gente já fazia isso. Aquele troco que sobrou de uma viagem era repassado para um amigo ou conhecido. Mas isso ainda é crime.

Pela lei, o certo é guardar o dinheiro ou devolver para a casa de câmbio. Só que nesse processo, perde-se dinheiro no chamado spread, que é a diferença de compra e venda da cotação do dólar. A pessoa física sempre compra um pouco mais caro e tem de vender um pouco mais barato e fica com este pequeno prejuízo.

Com a aprovação do projeto, deixa de ser crime realizar esse tipo de transação, contanto que não seja recorrente e não ultrapasse US$ 500 ou equivalente em outras moedas. Não será exigido identificação do comprador e vendedor, como ocorre nas casas de câmbio, e nem haverá cobrança de taxação nesses casos.

Calendário Econômico da semana
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Análise Técnica - Gráfico Diário
Dólar x Real: +1,20%

A pouca alteração em nossos estudos gráficos se dá pelo fato de a paridade USD X BRL estar caminhando dentro de nossos traçados ainda preso na flâmula que tem como principal resistência a taxa spot de R$5,6690.
O dólar caminha para esse teste e caso rompa terá como próximo objetivo o ponto “A” exposto no gráfico abaixo pela taxa spot de R$5,6900.

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Suporte 3 Suporte 2 Suporte 1 Pontos de Pivô Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3
5,5352 5,5552 5,5676 5,5876 5,6076 5,6200 5,6400

 

Análise Técnica - Gráfico Diário

Dólar INDEX: +0,01% (comportamento do dólar ante as principais moedas no exterior)

O índice do dólar permanecia perto de máximas de 16 meses nesta terça-feira depois que o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, foi escolhido para um segundo mandato, reforçando expectativas do mercado de que os juros nos Estados Unidos vão subir em 2022.Já o euro se recuperava de mínimas em 16 meses, ajudado por um crescimento empresarial mais forte que o esperado na região.

Os mercados cambiais têm sido influenciados nos últimos meses pelas percepções de diferentes ritmos em que os bancos centrais vão reduzir o estímulo da era da pandemia e aumentar os juros. A renomeação de Powell sustenta a visão de que o Fed deve começar a elevar os juros em meados de 2022, depois de encerrar seu programa de compras de títulos.
"Os mercados perceberam o resultado como marginalmente 'hawkish' (inclinado a redução de estímulos), e os futuros agora firmaram as expectativas de uma alta de juros em junho, contra ligeiramente voltados para julho anteriormente", disseram analistas do Brown Brothers Harriman em nota nesta terça-feira.
O índice do dólar ganhava 0,06% no dia, a 96,514 pontos, ligeiramente abaixo da máxima de 16 meses de 96,61 alcançada no pregão asiático.

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Observem nossos indicadores técnicos assim como os principais pontos de suporte e resistência:

Suporte 3 Suporte 2 Suporte 1 Pontos de Pivô Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3
95,87 96,06 96,18 96,38 96,58 96,70 96,89

 

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Fonte: Reuters e Investing.com