Down Jones -0,96% S&P -0,37% NASDAQ +0,47% Petróleo (WTI)  -3,17%
DAX +0,11% FTSE 100 -0,44% EURO STOXX 50 +0,15% Petróleo (Brent) -3,09%
NIKKEI -0,03% SHANGHAI -0,58% IBOVESPA -0,98% Ouro  -4,83%

Visão de Mercado

As ações de tecnologia dos Estados Unidos sobem nesta quinta-feira, devido ao otimismo em torno de uma rápida recuperação econômica, embora a mensagem inesperadamente "hawkish" do Federal Reserve sobre a política monetária limitasse o S&P 500 e o Dow Jones.
Oito dos 11 subíndices do S&P registravam queda nas negociações desta manhã, enquanto o setor de tecnologia da informação estava entre os poucos ganhadores do dia.
As ações de tecnologia, que geralmente têm melhor desempenho quando os juros estão baixos, impulsionaram um rali em Wall Street no ano passado, com os investidores migrando para ações consideradas relativamente seguras em tempos de turbulência econômica.

As ações de instituições financeiras sobem nesta quinta-feira na bolsa paulista, cujo principal índice subia, resistindo a expectativas mais pessimistas para o conjunto da economia, após sinalização de política monetária mais apertada no Brasil e nos Estados Unidos.
Às 11:15, o Ibovespa mostrava valorização de 0,33%, aos 129.681,15 pontos. O giro financeiro da sessão era de 6,72 bilhões de reais.


Rentabilidade dos Treasures longos nessa tarde:

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Os rendimentos norte-americanos de dois anos saltaram para máximas em um ano nesta quinta-feira, enquanto as taxas dos Treasuries de longo prazo recuavam após ganhos acentuados vistos na quarta-feira, quando o Federal Reserve disse que a maioria das autoridades espera aumentos de juros em 2023.
Os rendimentos saltaram após a declaração de política monetária do Fed, com os yields de dois e cinco anos, que são os mais sensíveis às mudanças nos juros, liderando a alta.
Mas aumentos de juros mais cedo do que o esperado também podem diminuir as pressões inflacionárias, que podem sair do controle com a reabertura da economia, temem alguns participantes do mercado.
Os rendimentos de longo prazo recuavam nesta quinta-feira, depois que dados mostraram que o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou na semana passada pela primeira vez em mais de um mês.
A taxa do Treasury de dez anos ficava em 1,553%, após tocar 1,594% na quarta-feira.
Os rendimentos de cinco anos ficavam em 0,894%, após subirem para uma máxima em dois meses de 0,913% na quarta-feira. Os yields de dois anos eram negociados a 0,201%, depois de atingirem um pico em um ano de 0,217%.
A curva de juros entre as taxas de cinco e 30 anos se achatava para 126 pontos-base, o menor 'spread' desde dezembro.

Radar de Mercado:

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Com muita volatilidade a paridade USD X BRL operam ainda mantendo forte tendência de venda para os dólares diante da divisa brasileira que se valoriza perante seus principais pares.

Rali do Real Brasileiro:

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Sabemos que a política monetária estará fazendo uma reanálise após posicionamento de ambos BC´S(Brasil e EUA) mas analisando friamente o atual cenário dentro da análise técnica o próximo rali de queda caso o dólar performe abaixo da barreira psicológica de R$5,00 é de dois testes bem definidos, R$4,80 e R$4,55 na taxa spot respectivamente.
ATENÇÃO: Reforçamos que trata-se de uma análise técnica no qual ignoramos dados econômicos e projeções fundamentalistas que ainda não foram divulgados na janela futura.

EUROPA

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As moedas Europeias que compões o índice DXY se desvalorizam perante ao seu principal rival, o dólar americano, diante do posicionamento do FED no qual fortalece os títulos do Tesouro dos EUA que atraem o capital estrangeiro de forma mais intensa dos que os títulos europeus no momento, esse efeito é presenciado perante o Real brasileiro também que se valoriza perante a moeda da zona do Euro.

EUA
A POSTURA DO FED

As autoridades do Federal Reserve, cada vez mais confiantes de que a economia dos Estados Unidos está se recuperando rapidamente da recessão induzida pela pandemia, começaram a telegrafar uma saída da política monetária ultraflexível do banco central dos Estados Unidos e sinalizaram que será mais rápida do que quando apertaram as rédeas após a última crise.
Embora as autoridades ainda não tenham chegado a um acordo sobre um plano, a maioria espera que até o final de 2023 elas tenham aumentado a taxa de juros pelo menos duas vezes em relação ao atual nível quase zero, mostram as projeções publicadas na quarta-feira. Oito das 18 autoridades do Fed esperam pelo menos três aumentos nos juros até então.
E embora o Fed não tenha feito previsões sobre seu programa mensal de compra de títulos de 120 bilhões de dólares - que, junto com os juros baixíssimos, está mantendo os custos dos empréstimos baixos e apoiando o crescimento econômico - as autoridades disseram que vão reduzir o programa antes de começar a elevar os juros.
Após a Grande Crise Financeira, demorou dois anos completos para o anúncio formal em dezembro de 2013 da redução das compras de títulos para o primeiro aumento da taxa de juros. A redução das compras se encerrou em 10 meses e deixou a economia com mais de um ano para se preparar para custos de empréstimos mais elevados. Demorou mais um ano entre a primeira e a segunda elevação dos juros.
Desta vez, é mais provável que o Fed comece uma redução em janeiro, de acordo com pesquisa da Reuters. Ter dois aumentos dos juros até o final de 2023, conforme as projeções, encurtaria substancialmente o caminho para a transição da redução gradual para a subida das taxas, e os aumentos nas taxas também são projetados para virem mais rapidamente.

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NA MESMA PÁGINA QUE OS MERCADOS?
Isso não quer dizer que a troca de marcha, do afrouxamento da política monetária para um aperto lento, seja iminente.
A economia, observou o chair do Fed, Jerome Powell, na quarta-feira, ainda tem "um caminho" a percorrer antes que a economia se recupere o suficiente para que o Fed comece a reduzir as compras mensais de títulos. E o momento da decolagem nem está em discussão, disse ele.
A principal mensagem das projeções do Fed, disse Powell, é que "muitos participantes estão mais confortáveis com o fato de que as condições econômicas na orientação futura do comitê (de política monetária) serão atendidas um pouco mais cedo do que o esperado".
Isso, acrescentou ele, "será um desenvolvimento bem-vindo: se tais resultados se materializarem, significa que a economia terá progredido mais rapidamente em direção aos nossos objetivos".
Também será diferente da última vez, quando a economia, ao se recuperar da crise financeira de 2007-2009, normalmente ficava aquém das projeções que as autoridades do Fed traçavam a cada trimestre.
Powell disse que o Fed irá, a partir de sua reunião no mês que vem, começar a avaliar se a economia progrediu o suficiente em direção à meta de inflação de 2% e pleno emprego para justificar a redução das compras de títulos, e será "ordeiro, metódico e transparente".
Isso é mais uma diferença do último projeto.
"Em 2013, foi o Fed iniciando a conversa sobre reduzir, e os mercados foram pegos de surpresa", disse Ellen Gaske, economista da PGIM Fixed Income. Desta vez, disse ela, "está claro que os mercados e o Fed estão em grande parte na mesma página".

Brasil
Super Bolsa Família ?

O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer nessa quinta-feira que o governo estuda elevar o valor médio do programa Bolsa Família para além dos 250 que estava sendo programado pela equipe econômica, e afirmou que o benefício com reajuste passaria a ser pago a partir de dezembro.
"Está sendo negociado para aumentar aí 50%. Até dezembro. Houve inflação sim. Alimento subiu no mundo todo e foi agravado pela pandemia do fique em casa", disse o presidente a apoiadores depois de ser perguntado se realmente o benefício seria reajustado para 300 reais, como ele mesmo havia afirmado esta semana.
O valor médio pago hoje aos beneficiários do programa é de 190 reais mensais --existem variações de acordo com o tamanho da família e a idade das crianças. A equipe econômica já havia fechado as contas em um reajuste para 250 reais, em média --valor que poderia ser pago sem romper o teto de gastos e sem cortar outros programas, como exigia o presidente.
Na quarta à noite, em uma entrevista para um canal de tevê de Rondônia, Bolsonaro afirmou que era necessário aumentar esse valor e que queria 300 reais.
Os 50% de aumento em relação ao patamar atual, ditos nessa quinta pelo presidente, levariam a um valor um pouco menor, de 285 reais --um meio termo entre o previsto e o desejado por Bolsonaro.
A afirmação de quarta-feira pegou a equipe econômica de surpresa, de acordo com uma fonte ouvida pela Reuters, porque todos os cálculos já estavam feitos para que se fizesse caber os 250 reais mensais no Orçamento, a serem pagos a partir de novembro.
Segundo essa mesma fonte, por enquanto não se sabe ainda de onde sairão os recursos para fazer o que o presidente quer, mas a proposta certamente virá do corte de outros programas existentes, já que não há como aumentar ainda mais as despesas sem ultrapassar o teto de gastos.

Gatilhos do dólar – Comentários

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Por Guacyro Filho

Após declaração do FOMC ontem o Federal Reserve dá os primeiros passos para reduzir sua política monetária ultra flexível, investidores estão se preparando para o que está por vir.
Diante de dois possíveis aumentos dos juros em 2023, a resposta lógica das informações ditas pelo FED ontem é a de que os juros irão subir e provavelmente mais rápido do que o esperado, o FED elevou sua expectativa de inflação para 3,4% ou seja, 1 ponto percentual acima do que sua própria projeção em março mostrando que essa pressão inflacionária não é tão transitória assim.
Em sua coletiva de imprensa pós-reunião, Powell observou que os funcionários do Fed “discutiram” o progresso feito em direção às metas de inflação e emprego em relação às compras de ativos, e continuarão a fazê-lo nos próximos meses.
O Mercado estava procurando a possibilidade de o comitê abortar suas operações de mercado aberto, onde fornece recursos de curto prazo para instituições financeiras. As chamadas operações compromissadas overnight, em que os bancos trocam colaterais de alto nível por reservas, têm ocorrido uma demanda recorde ultimamente dessas operações, à medida que as instituições buscam qualquer rendimento acima das taxas negativas que observam em alguns mercados.
Em matéria separada, o FOMC anunciou que estenderia linhas de swap de dólar com bancos centrais globais até o final do ano. O programa de câmbio é uma das últimas iniciativas remanescentes da era Covid que o Fed tomou para manter o fluxo dos mercados globais.
A elevação de juros na maior economia do mundo provoca o fortalecimento do dólar global uma vez que seus títulos do tesouro além de serem os mais seguros do mundo passam a pagar um prêmio maior, mas qual o efeito disso sobre o Real no Brasil?
O mercado está digerindo o que FED e Copom disseram ontem, o Comitê de Política monetária brasileira elevou a taxa em + 0,75%(a 3º alta seguida) precificando a SELIC em 4,25% A.A e já sinalizando para uma nova alta na próxima reunião daqui a 45 dias.

BC também abandonou o uso da expressão "normalização parcial" para se referir ao atual ciclo de alta de juros no Brasil e esse raciocínio passa claramente por 2 fatores bem definidos:
1) Inibir esse ímpeto inflacionário presenciado no mundo inteiro;
2) Evitar uma fuga de capital estrangeiro oferendo uma taxa mais atrativa.
3) Então resumindo o atual cenário depois das declarações de FOMC e COPOM eu diria que estamos diante de uma nova leitura macroeconômica de todo esse fluxo de capital estrangeiro onde teremos muita volatilidade com certeza.

O dólar spot testa novamente a barreira psicológica de R$5,00 enquanto o dólar futuro segue o mesmo caminho, lembrando que um fechamento abaixo desse patamar projeta a paridade USD X BRL em novos testes de suportes próximos a R$4,97 e R$4,93 respectivamente.

Análise Técnica - Gráfico Diário
Dólar x Real: -0,60%

A queda já chegou hoje a patamares que excedem -1,0% mas no momento devido a grande volatilidade reflexo dessa releitura macroeconômica a paridade USD X BRL tenta definir seu rumo entre os patamares acima de R$5,00 ou abaixo dessa barreira psicológica.

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Suporte 3 Suporte 2 Suporte 1 Pontos de Pivô Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3
4,9529 4,9873 5,0085 5,0429 5,0773 5,0985 5,1329

 

Análise Técnica - Gráfico Diário

Dólar INDEX: +0,64% (comportamento do dólar ante as principais moedas no exterior)

O Dólar global está configurando forte valorização nos últimos 5 dias uteis, essa alta representa +2,12% no período posicionando o índice a quase 92 pontos jogando toda a pressão para cima de seus principais rivais.

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Observem nossos indicadores técnicos assim como os principais pontos de suporte e resistência:

Suporte 3 Suporte 2 Suporte 1 Pontos de Pivô Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3
90,02 90,39 90,62 91,00 91,37 91,60 91,97

 

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Fonte: Reuters e Investing.com