Down Jones -1,00% S&P -0,74% NASDAQ -0,90% Petróleo (WTI)  -0,04%
DAX -0,07% FTSE 100 -0,83% EURO STOXX 50 -0,46% Petróleo (Brent) -0,19%
NIKKEI  +0,71% SHANGHAI +0,40% IBOVESPA +0,40% Ouro  +0,27%

Visão de Mercado

Bolsas Americanas
Wall St hesita na abertura à espera de Fed.

Os principais índices de Wall Street mostravam fraqueza no começo desta segunda-feira, com investidores se preparando para a reunião do banco central norte-americano desta semana, mas as ações da Apple Inc continuavam a subir, aproximando-se da marca de 3 trilhões de dólares em valor de mercado.

Às 11:46 (de Brasília), o índice Dow Jones caía 0,55%, a 35.773,54 pontos, enquanto o S&P 500 perdia 0,13%, a 4.705,68 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq Composite recuava 0,04%, a 15.624,28 pontos.

IBOVESPA
Ibovespa sobe com impulso de siderúrgicas e mineradoras, atingindo os 109 mil pontos.

O Ibovespa abriu a segunda-feira (13) entre perdas e ganhos, mas ganhou fôlego já nos primeiros negócios do dia amparado por ações de siderúrgicas e mineradoras. Os preços do minério de ferro voltam a subir forte no mercado internacional, na última semana “cheia” do ano. Os próximos dias vão ser marcados por reuniões nos principais Bancos Centrais do mundo. Os encontros devem definir se medidas de estímulo serão mantidas ou interrompidas.

Aqui no Brasil, o destaque é a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), na qual o colegiado decidiu pela elevação da taxa básica de juros (Selic) em 1,5 ponto percentual para 9,25% ao ano. O documento será divulgado amanhã (14).

Pela primeira vez, depois de 35 semanas, os economistas consultados semanalmente pelo BC reduziram suas estimativas para a inflação deste ano no Relatório Focus. De 10,18% na semana passada, agora a expectativa mediana para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo está em 10,05% para 2021. Para 2022 a previsão se manteve em 5,02%.

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Rentabilidade dos Treasures longos:

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Os rendimentos do Tesouro dos EUA caíram ligeiramente no início da semana na segunda-feira, com os investidores se preparando para a reunião de política monetária do Federal Reserve em dezembro.

O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos de referência caiu 2,5 pontos base para 1,465% por volta das 9h15 ET. O rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos cedeu 3,6 pontos base para 1,848%. Os rendimentos se movem inversamente aos preços e 1 ponto base é igual a 0,01%.

Radar de Mercado:
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O dólar subia nesta segunda-feira, antes de uma série de reuniões de bancos centrais nesta semana, incluindo o Federal Reserve, com investidores observando a rapidez com que o BC dos EUA vai desfazer seu programa de compra de títulos e em busca de pistas sobre em que momento de 2022 começará a aumentar as taxas de juros.

MERCADOS EMERGENTES-Moedas latino-americanas têm pouca alteração com foco em reuniões de BCs.

A maioria das moedas latino-americanas permaneciam praticamente inalteradas nesta segunda-feira, acompanhando uma tendência semelhante nos mercados emergentes mais amplos, antes de uma série de reuniões de bancos centrais que mantinham os investidores cautelosos em relação a ativos sensíveis a risco.

Mas a maioria das ações regionais subia, à medida que os investidores percebiam as ações como uma aposta mais segura em relação a moedas ou dívidas de países emergentes. O índice MSCI para as ações regionais ganhava 0,8%.
O índice MSCI para moedas da América Latina, por sua vez, subia 0,1%, com a maioria das unidades regionais movendo-se menos de 0,3% em ambas as direções.
O sol peruano recuava 0,2%, conforme uma comunidade que está bloqueando uma estrada de transporte usada pela mina de Las Bambas, da MMG, rejeitou uma oferta revisada da empresa, recebida como "uma piada", e ameaçou boicotar novas negociações.

O bloqueio, em vigor desde 20 de novembro, ameaça interromper a produção da mina, que responde por cerca de 2% do suprimento mundial de cobre. O metal é o principal produto da pauta de exportação do Peru.
O banco central do Chile será o primeiro entre seus pares regionais a se reunir nesta semana, na terça-feira, enquanto os bancos centrais mexicano e colombiano terão suas respectivas reuniões na quinta e na sexta.
O foco também está firmemente na última reunião de política monetária do Federal Reserve deste ano, de terça e quarta- feiras , em que o banco norte-americano deve delinear seus planos para reduzir os estímulos e aumentar os juros no próximo ano.

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USA - Fed deve dar guinada por temor de inflação à espera de outro ano incerto

O Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), em batalha contra uma inflação persistentemente alta e encorajado pelo desemprego menor do que o esperado, deve traçar na quarta-feira um caminho de taxas de juros mais altas no próximo ano, conforme membros da instituição revelarem quando acham que os custos dos empréstimos precisarão aumentar para manter a economia estável.O chair do Fed, Jerome Powell, já sinalizou que o comitê que define os juros provavelmente anunciará em sua reunião desta semana a antecipação do fim de seu programa de compra de títulos para março --em vez de junho--, a fim de abrir caminho para o banco central elevar as taxas de juros, que estão em quase zero desde março de 2020 --quando a pandemia de coronavírus desencadeou uma curta, mas profunda recessão.A reviravolta na retórica, à medida que o banco central traça seu curso fora das medidas da era de emergência, reflete a profundidade do desconforto sobre como a pandemia de Covid-19 aumentou a demanda, afetou as cadeias de abastecimento e levou a uma inflação mais ampla e persistente que corre o risco de se incorporar às expectativas de empresários e consumidores. Isso fará com que os formuladores de política monetária antecipem suas projeções para aumentos das taxas de juros, no chamado "gráfico de pontos", como parte de suas previsões, divulgadas trimestralmente, para crescimento econômico, emprego e inflação, bem como o cronograma de aumentos das taxas de juros.

"O Fed precisa ser um pouco mais agressivo na remoção de acomodação monetária do que tem sido", disse Tim Duy, economista-chefe da SGH Macro Advisors, que espera que as autoridades revisem sua previsão mediana para dois aumentos nas taxas de juros no próximo ano para controlar os níveis de inflação. Na reunião anterior, houve divisão até mesmo sobre se era necessária pelo menos uma alta de juros.

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A maioria dos analistas espera que o Fed mantenha a previsão de três aumentos de juros em 2023 e 2024, já que as autoridades ainda esperam uma rápida redução das pressões sobre os preços na segunda metade do ano que vem, à medida que a pandemia passa.
O impacto da variante Ômicron também pode manter as pressões inflacionárias elevadas, prolongando os problemas da cadeia de suprimentos e exacerbando a escassez de mão de obra, mas causando menos danos ao crescimento econômico do que as ondas anteriores.
Quão cedo o Fed realmente começará a subir juros é menos certo. Economistas ouvidos pela Reuters esperam que o banco central aumente as taxas no terceiro trimestre do ano que vem, mas, assim como outros analistas, também observam o risco de uma alta chegar mais cedo.
A inflação não deve atingir o pico até março do próximo ano, exatamente quando o Fed provavelmente terá encerrado a redução das compras de títulos, tornando mais difícil para as autoridades comunicarem um curso mais paciente.
Além do gráfico de pontos, investidores devem examinar cuidadosamente as falas de Powell --que assumiu uma posição mais encorajada ao mudar o consenso do Fed-- acerca de sua percepção em torno das perspectivas para o próximo ano.
"Se Powell estiver no campo de dois aumentos nas taxas de juros no próximo ano, isso é uma indicação bastante forte de que você terá um aumento nas taxas no meio do ano que vem", disse Gregory Daco, economista-chefe para os EUA da Oxford Economics.

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TAXA DE DESEMPREGO AJUDA A SELAR DECISÃO que não parece mais atrapalhar o aperto da política monetária do Fed é o ritmo de geração de postos de trabalho, com o banco central a caminho de cumprir sua meta de pleno emprego até meados do próximo ano.A taxa de desocupação caiu para 4,2% em novembro, bem abaixo da estimativa do Fed em setembro de 4,8% para o fim do ano. As autoridades vão ajustar seus prognósticos de desemprego para baixo neste ano e no próximo. Suas previsões de crescimento econômico, a serem ligeiramente revisadas para baixo neste ano, podem permanecer praticamente intactas. O que o Fed pretende fazer é manter sua trajetória gradual após a primeira alta de juros, a fim de não obstruir a recuperação do mercado de trabalho e encorajar a melhoria contínua na taxa de participação da força de trabalho, escreveram economistas do Morgan Stanley em nota a clientes.
Um curso gradual de aumentos nas taxas de juros permitiria ao Fed alegar que está priorizando a estabilidade de preços, mas não em detrimento da meta ampla e inclusiva de emprego que defende.
Mas, como acontece com qualquer previsão, a realidade pode mais uma vez tirar o Fed do curso, já que ele e o mundo aguardam notícias da gravidade e contagiosidade da variante Ômicron, o que já complica as esperanças de um caminho mais tranquilo no próximo ano e deve fomentar volatilidade no mercado financeiro.

"A incerteza quanto às perspectivas aumentou", disse Daco. "Essa será uma característica do ambiente do próximo ano, em que você tem menos certeza sobre como será a política monetária e menos certeza sobre quais serão as perspectivas econômicas."


Gatilhos do dólar – Comentários

Por Guacyro Filho

Contexto Macroeconômico
O dólar ganha força nesta segunda-feira, antes de uma série de reuniões de bancos centrais desta semana, entre eles o Federal Reserve, com investidores esperando que a autoridade monetária dos Estados Unidos anuncie que encerrará suas compras de títulos mais cedo do que o esperado, em busca ainda de pistas sobre o momento de elevações de juros no próximo ano.
Além do Fed, Banco Central Europeu, Banco do Japão, Banco da Inglaterra, Banco Nacional da Suíça e Norges Bank (banco central da Noruega), entre outros, tomarão suas decisões de política monetária nos próximos dias.
O euro cai nesta sessão, uma vez que é visto como vulnerável a aumento de juros nos EUA, dadas as expectativas de que o Fed apertará a política monetária mais rapidamente do que o BCE, mais tolerante em relação à inflação.

Calendário Econômico da semana
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O mercado financeiro elevou a projeção para a taxa de juros ao fim de 2022, depois de o Banco Central ter adotado uma linguagem mais dura ao decidir na semana passada tornar a subir a taxa Selic, enquanto as expectativas de inflação melhoraram ou pararam de piorar depois de uma longa série de altas.

De acordo com a pesquisa Focus do Banco Central levantamento semanal do Bacen com analistas de instituições financeiras divulgada nesta segunda-feira, o prognóstico para o juro básico da economia em 2022 subiu a 11,50% ano, de 11,25% do documento da semana anterior.

Na quarta-feira, o BC elevou a taxa Selic em 1,50 ponto percentual, para 9,25% ao ano, indicou nova alta da mesma magnitude para fevereiro e destacou em comunicado a importância de o ciclo de aperto avançar "significativamente" em território contracionista para consolidar o processo de desinflação e de ancoragem das expectativas em torno das metas.

O tom mais assertivo surpreendeu boa parte do mercado, que vinha de dados piores de atividade econômica. Dois dias depois, o IBGE divulgou um IPCA de novembro abaixo do esperado e com composição melhor.
As medidas de inflação projetadas por analistas para a Focus, por sinal, melhoraram.
O número esperado para 2021 cedeu de 10,18% para 10,05% --primeira queda após 35 semanas consecutivas de alta. A medida para 2022 se manteve em 5,02%, parando de subir depois de 20 semanas seguidas em ascensão.

A projeção para 12 meses caiu de 5,36% para 5,21%, enquanto a taxa para 2023 recuou de 3,50% para 3,46%. O IPCA esperado para 2024 teve ligeira queda, de 3,10% para 3,09%.
Todas as projeções anuais de 2021 a 2024, porém, seguem acima das metas para os respectivos anos 3,75%, 3,50%, 3,25% e 3,00%.
Num cenário inflação ainda pressionada e juros mais altos, a economia padece. O prognóstico para o crescimento do PIB em 2021 recuou pela nona semana seguida, saindo de 4,71% para 4,65%.

A taxa esperada para 2022 ficou menor pela décima semana consecutiva, ainda que apenas ligeiramente caiu de 0,51% para 0,50%.

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Análise Técnica - Gráfico Diário
Dólar x Real: +1,07%

Às 12:36 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,76%, a 5,6565 reais na venda. A divisa havia oscilado entre estabilidade e leve queda mais cedo na sessão, chegando a tocar 5,6018 reais na mínima do dia (-0,21%).
Na B3, às 12:36 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,66%, a 5,6785 reais.
Tecnicamente nossa análise observa mais um teste em uma antiga resistência, nosso ponto ”A ” na taxa spot de R$5,6760 onde até o momento realizou um pullback reflexo de uma força vendedora nesses patamares.

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Suporte 3 Suporte 2 Suporte 1 Pontos de Pivô Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3
5,5244 5,5541 5,5725 5,6022 5,6319 5,6503 5,6800

 

Análise Técnica - Gráfico Diário

Dólar INDEX: +0,33% (comportamento do dólar ante as principais moedas no exterior)

Às 12:36 (horário de Brasília), o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas fortes subia 0,191%, a 96,288.
A expectativa de investidores é de que o Fed anuncie a aceleração do ritmo de redução de suas compras mensais de títulos ao fim de sua reunião desta semana, à medida que o mercado de trabalho norte-americano dá sinais contínuos de aperto e a inflação segue em patamares elevados, mostrando-se mais persistente do que as autoridades do banco central estimavam inicialmente.

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Observem nossos indicadores técnicos assim como os principais pontos de suporte e resistência:

Suporte 3 Suporte 2 Suporte 1 Pontos de Pivô Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3
96,03 96,05 96,07 96,09 96,11 96,13 96,15

 

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Fonte: Reuters e Investing.com