Panorama de Mercado 10/09/2021

Visão de Mercado

S&P 500 sobe ligeiramente liderado pela tecnologia após quatro dias de perdas.
Para a semana de feriado encurtada, o Dow caiu 1,3% e está em ritmo para sua segunda semana negativa consecutiva. O S&P 500 caiu cerca de 0,7% na semana, enquanto o Nasdaq Composite caiu 0,2%.

Os investidores estão preocupados com os casos persistentes da Covid que desaceleram a economia, assim como a alta inflação faz com que o Federal Reserve retire as políticas fáceis. O índice de preços ao produtor de agosto divulgado sexta-feira mostrou que os custos no atacado para empresas subiram 8,3% em uma base anual, seu maior avanço já registrado desde pelo menos 2010. O PPI acelerou 0,7% no mês, acima da estimativa de 0,6% do Dow Jones. O índice de preços ao consumidor mais importante para agosto será divulgado na terça-feira.

O Federal Reserve dá início a uma reunião de dois dias em 21 de setembro, e Street estará de olho em uma atualização sobre o programa de compra de títulos do Fed. Na quinta-feira, o Banco Central Europeu deixou sua política monetária inalterada, mas disse que diminuirá o ritmo de seu programa de compra de ativos.

“O ritmo das mudanças de política será gradual o suficiente para não atrapalhar a recuperação econômica ou a recuperação das ações, enquanto as diferenças entre os bancos centrais mais agressivos e mais conciliadores criarão oportunidades”, disse Mark Haefele, diretor de investimentos do UBS Global Wealth Management.

“Esperamos que os principais bancos centrais continuem apoiando o crescimento, mantendo as taxas baixas por mais tempo. Isso é positivo para os mercados de ações, particularmente as áreas cíclicas e de valor do mercado”, acrescentou.

O presidente Joe Biden endureceu sua posição sobre a vacinação de americanos na quinta-feira, delineando um plano para mandar vacinas para a Covid para milhões. Os funcionários federais serão obrigados a obter uma vacina da Covid e o presidente está pedindo ao Departamento do Trabalho que exija que os empregadores com mais de 100 funcionários exijam vacinas ou testes semanais.

“No final das contas, vemos as ações encerrando setembro com força”, escreveu Tom Lee, da Fundstrat, em uma nota aos clientes na quinta-feira. “A variante Delta parece organicamente estar desacelerando ... O plano da Casa Branca realmente traz o martelo para conter COVID-19.”

O telefonema de Biden na sexta-feira com o presidente chinês Xi Jinping, a primeira vez que os dois líderes mundiais se falaram desde fevereiro, também contribuiu para o sentimento positivo do mercado.

As principais médias ainda estão oscilando em torno de seus máximos históricos. O Dow está cerca de 1,8% abaixo de seu recorde, enquanto o Nasdaq e S&P estão a menos de 1% do seu.

Rentabilidade dos Treasures longos:



Os rendimentos do Tesouro dos EUA subiram na manhã de sexta-feira, com o índice de preços ao produtor mostrando que partes da economia dos EUA ainda lutam contra a inflação.

O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos de referência somou 2,4 pontos base, subindo para 1,324%, às 8:57 am ET. O rendimento dos títulos do Tesouro de 30 anos aumentou 1,8 ponto base para 1,917%. Os rendimentos se movem inversamente aos preços e um ponto base é igual a 0,01%.

Radar de Mercado:


EUA
IPP - Preços ao produtor nos EUA aumentam com força em agosto.
A inflação ao produtor acelerou em agosto, com os preços no atacado subindo recorde de 8,3% em relação ao ano anterior.



Os preços ao produtor nos Estados Unidos aumentaram com força em agosto, indicando que a inflação elevada deve persistir por um tempo, com as cadeias de abastecimento permanecendo apertadas conforme a pandemia se arrasta.
O índice de preços ao produtor para a demanda final aumentou 0,7% no mês passado, informou o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. A leitura segue dois aumentos mensais consecutivos de 1,0%. No acumulado de 12 meses até agosto, o índice acelerou a 8,3%, a maior variação desde novembro de 2010, após alta de 7,8% em julho.

Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,6% na comparação mensal e 8,2% na base anual.
Embora as pesquisas do Instituto de Gestão do Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) deste mês tenham mostrado que o indicador dos preços pagos pelos setores de manufatura e serviços caiu significativamente em agosto, ele permaneceu elevado. Fábricas e os provedores de serviços ainda lutam para garantir mão de obra e matérias-primas e enfrentam atrasos na logística.

Isso foi corroborado pelo Livro Bege do Federal Reserve na quarta-feira, uma compilação de relatórios sobre a economia feita a partir de informações coletadas em ou antes do dia 30 de agosto, mostrando que "os contatos relataram preços de insumos em geral mais altos, mas, assim como com a mão de obra, eles estavam mais preocupados em obter os suprimentos de que precisavam em vez de seu preço."
Níveis de estoque muito baixos por causa dos gargalos de fornecimento permitiram aos produtores repassar facilmente os custos mais elevados aos consumidores. A medida de inflação preferida do Fed, o núcleo do PCE, subiu 3,6% nos 12 meses encerrados em julho, após avanço semelhante em junho.

Políticas Mundiais
As supostas ambições da China de mergulhar no Afeganistão são exageradas e irrealistas, dizem os especialistas.



Uma das primeiras coisas que muitos especialistas ocidentais previram enquanto a caótica retirada dos EUA do Afeganistão se desenrolava foi a substituição desse vácuo de poder pela China, há muito crítica e adversária estratégica dos EUA

O Afeganistão tem trilhões de dólares em recursos minerais inexplorados e precisa urgentemente de investimentos em infraestrutura, o que o torna, em teoria, um terreno privilegiado para a expansão da iniciativa Belt and Road da China. Além do mais, a China é um dos poucos países e a única superpotência econômica que até agora estabeleceu relações amigáveis com o Taleban, que chocou o mundo no início de agosto ao ultrapassar o Afeganistão em questão de dias.

No que muitos veem como uma provocação simbólica para o Ocidente, as autoridades estatais chinesas criticaram Washington e sua guerra de 20 anos, e saudaram cautelosamente o anúncio do Taleban de seu novo governo de linha-dura e terroristas procurados pelo FBI nesta semana.

“Isso encerrou as mais de três semanas de anarquia no Afeganistão e é um passo necessário para a restauração da ordem interna e reconstrução pós-guerra no Afeganistão”, disse Wang Wenbin, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, a repórteres em uma coletiva na quarta-feira, segundo uma transcrição publicada pelo Ministério das Relações Exteriores da China.
Mas, além das declarações, muitos especialistas regionais não estão convencidos do entusiasmo da China em invadir o Estado da Ásia Central devastado pela guerra em sua fronteira ocidental.

A China está ‘muito ciente’ dos riscos de segurança
A China há muito tempo teme o extremismo islâmico em seu extremo oeste. Também está determinado a não cair no mesmo atoleiro em que a União Soviética e os EUA foram sugados com o Afeganistão, dizem analistas.
“A China está interessada no envolvimento econômico no Afeganistão e na extensão de seu Belt and Road, incluindo reconstrução e investimento em recursos minerais inexplorados do país sem litoral”, disse Ekta Raghuwanshi, analista do Sul da Ásia da Stratfor para RANE, à CNBC.
“No entanto”, advertiu ela, “não haveria investimentos substanciais tão cedo, dadas as preocupações com a segurança no Afeganistão e a proximidade da agitada província de Xinjiang na China”, disse ela, referindo-se aos militantes uigures e ao ressurgimento do Movimento Islâmico do Turquestão Oriental.

E embora a China tenha deixado claro sua aprovação do Taleban, isso não significa que esteja pronta para se comprometer a fazer negócios com eles.

“Não temos evidências de que a China verá o Taleban como um parceiro mais seguro”, disse Maximilian Hess, bolsista da Ásia Central do Programa da Eurásia do Foreign Policy Research Institute, à CNBC.

“Ela está muito ciente dos riscos à segurança, e os ataques à infraestrutura chinesa no Paquistão por grupos islâmicos aumentaram nos últimos anos”, incluindo um recentemente em agosto, disse Hess. A China corre o risco de irritar os afegãos locais com sua presença, e Pequim “reconhece a realidade tribal do Afeganistão e que o Taleban tem muitas subfações que permite operar com quase autonomia em muitas áreas”, acrescentou.

Portanto, mesmo que o Taleban - que abraçou as aberturas diplomáticas da China e celebra a perspectiva de seu investimento - dê aos investidores chineses uma garantia de segurança, o grupo não tem necessariamente controle sobre outros militantes e tribos em todo o país de quase 40 milhões de habitantes.

O que Pequim não expressa publicamente, dizem os analistas, é sua preocupação com o impacto da retirada dos EUA, assim como a Rússia.

BRASIL
Bolsonaro diz que caminhoneiros prometem encerrar protesto no domingo e alerta para desabastecimento.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira que os caminhoneiros devem manter as paralisações em estradas do país até domingo, e disse que os alertou em conversa mais cedo que a continuidade do movimento além desse dia começará a provocar "problemas seríssimos" de desabastecimento.
Bolsonaro disse ter agradecido aos caminhoneiros pelo movimento iniciado após os atos convocados pelo presidente para o feriado do Dia da Independência, e considerou "fantástico" o que tem sido feito por eles.
Os protestos dos caminhoneiros, aliados do governo, ganharam força um dia depois das manifestações do 7 de Setembro. Em Brasília, o ato patrocinado pelo presidente foi marcado por presença significativa de caminhões na Esplanada dos Ministérios. Cerca de 40 ainda permaneciam na Esplanada na manhã de quinta e recusavam-se a sair, apesar das negociações com a Polícia Militar local. Durante a noite houve momentos de tensão, com o grupo fazendo buzinaços na madrugada.
Para além das pautas colocadas pelo próprio presidente no 7 de Setembro, quando Bolsonaro subiu o tom dos ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ameaçou a corte com uma ruptura, os caminhoneiros demandam a queda do preço dos combustíveis.
De acordo com boletim divulgado pelo Ministério da Infraestrutura, os protestos iniciados por caminhoneiros na quarta-feira aconteciam em 13 Estados do país na tarde desta quinta, mas não havia registros de interdição de pista, após reunião de Bolsonaro com representantes da categoria.

Gatilhos do dólar – Comentários

Por Guacyro Filho

A diminuição do ruído político após nota oficial do gabinete da Presidência da República amenizou os ânimos mais exaltados entre os poderes, porém, ainda assim demonstra que a volatilidade, velha conhecida do mercado de ativos brasileiros, será mais do que presente nesse semestre em andamento.
Bolsonaro deu o 1º passo na direção de reduzir a temperatura política caminhando para um acordo, mas que fique claro, todo acordo é selado por uma movimentação bilateral onde ambos os lados acabam cedendo “em parte” de sua próprias convicções e citando exatamente essa evolução nas tratativas que faz o mercado financeiro acreditar em novos pontos de volatilidade. A aproximação das eleições em 2022 por si só garantem esse grau de stress político ainda que o forte ciclo de elevação de juros pelo Banco Central tenda a ser suporte para o real.
Quando olhamos para o mercado internacional temos a expectativa por sinais do Federal Reserve sobre quando exatamente o banco central reduzirá suas compras emergenciais de títulos, sinais de pressões persistentes nos preços podem antecipar apostas de corte de estímulo, que, por sua vez, tenderia a impulsionar o dólar. O índice da moeda norte-americano reduziu sua queda contra uma cesta de pares fortes depois dos dados de inflação ao produtor.

No radar dos investidores internacionais também está a notícia de que os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, conversaram por telefone durante 90 minutos na quinta-feira, seu primeiro diálogo em sete meses, debatendo a necessidade de fazer com que a competição entre as duas maiores economias do mundo não termine em um conflito.

Análise Técnica comentada – Estudo Método RENKO.

Criado no Japão, o Renko é um tipo totalmente diferente de gráfico. Ele desconsidera o tempo e o volume dos negócios para trabalhar exclusivamente com as variações de preço daquele determinado ativo.
A primeira vantagem é uma das principais características do Renko, ele é excelente para filtrar ruídos. Como ele trabalha apenas com as variações de preço, o tempo e o volume não importam.

Outra vantagem é que com a sua metodologia de tijolos em função do preço, o Renko pode fornecer visualmente melhores momentos para entrar no trade. Fica fácil perceber como a construção do gráfico Renko é muito mais simples e de fácil leitura.

Por fim, o Gráfico Renko é um ótimo seguidor de tendências. Pois para um novo tijolo ser criado de acordo com as suas configurações, é preciso que todas as variações estejam no mesmo sentido. Por exemplo, se eu configurar o meu gráfico para 10 ticks (barras), um novo tijolo só será criado se as próximas 10 variações forem todas na mesma direção (seja para cima ou para baixo).

Analisando o cenário dessa sexta-feira chamo a atenção dos nossos clientes Advanced Corretora para o pregão de indefinição que se encontra o dólar no dia de hoje.
Obviamente tivemos a redução do fluxo negativo de vendas no dólar após a forte reversão na reta final do pregão dessa última quinta-feira (09), porém notamos a elevação do volume comprador novamente iniciando o seu movimento, ou seja, leve pressão de compra no dólar após realização de mínima pela manhã.
Dentro do estudo de médias móveis no qual usamos como gatilho para entrada ou saída na paridade USD X BRL observamos que a taxa ainda está aprisionada entre as duas linhas de 21 e 72 períodos, o que nos confirma a indefinição no dólar até o presente momento de edição desse conteúdo.

CALENDÁRIO DA SEMANA

Análise Técnica - Gráfico Diário
Dólar x Real: -0,86%

O mercado à vista segue vendido, segundo nossos indicadores técnicos, e a forte queda de ontem garantiu uma proteção na posição de desvalorização do dólar perante a divisa brasileira de – 6,54% nos últimos 6 meses.
Porém, a amplitude na volatilidade do mercado observado abaixo em nosso gráfico intraday demonstra através dos testes e rompimentos na R4,R3 e R2 o tenso cenário de volatilidade que teremos durante todo esse semestre.

Suporte 3	Suporte 2	Suporte 1	Pontos de Pivô	Resistência 1	Resistência 2	Resistência 3
5,1001	5,1542	5,1877	5,2418	5,2959	5,3294	5,3835

 

Análise Técnica - Gráfico Diário

Dólar INDEX: -0,08% (comportamento do dólar ante as principais moedas no exterior)

O dólar index cai nesta sexta-feira, refletindo melhora no sentimento de risco após notícias de que os presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, e da China, Xi Jinping, conversaram pela primeira vez em sete meses.
Em comunicado, a Casa Branca disse que Biden e Xi tiveram "uma discussão ampla e estratégica" que incluiu áreas em que interesses e valores convergem e divergem. A conversa se concentrou em questões econômicas, mudanças climáticas e Covid-19, disse uma autoridade dos EUA a jornalistas.
O dólar caía 0,35%, a 6,4265 iuanes, aproximando-se de uma mínima em mais de dois meses de 6,4233 iuanes tocada na semana passada.
O dólar australiano avançava 0,41%, a 0,7397 dólar, enquanto a moeda da Nova Zelândia tinha alta de 0,56%, a 0,7145 dólar.
O índice do dólar contra uma cesta de seis divisas cedia 0,07%, a 92,459.
O dólar caiu ante uma máxima em nove meses alcançada em agosto, conforme investidores esperam por novas pistas sobre quando o Federal Reserve começará a reduzir suas compras de títulos e, eventualmente, a aumentar os juros.
O dólar reduziu suas perdas depois de dados nesta sexta-feira mostrarem que os preços ao produtor dos EUA aumentaram com força em agosto, indicando que a inflação elevada pode persistir por um tempo.

Observem nossos indicadores técnicos assim como os principais pontos de suporte e resistência:

Suporte 3	Suporte 2	Suporte 1	Pontos de Pivô	Resistência 1	Resistência 2	Resistência 3
91,15	92,30	92,39	92,54	92,68	92,78	92,92

 

Fonte: Reuters e Investing.com