Down Jones -0,22% S&P -0,10% NASDAQ +0,10% Petróleo (WTI)  -2,40%
DAX -0,08% FTSE 100 +0,13% EURO STOXX 50 +0,08% Petróleo (Brent) -2,18%
NIKKEI  +0,33% SHANGHAI +1,05% IBOVESPA +0,13% Ouro  -2,03%

Visão de Mercado

Os índices S&P 500 e Dow Jones recuam de máximas recordes nesta segunda-feira, uma vez que o setor de energia e outros sensíveis ao crescimento econômico tinham queda por preocupações sobre o aumento de casos de Covid-19.
O setor de energia caía acompanhando perdas nos preços do petróleo, já que a alta nos casos de coronavírus, particularmente na China, levantava temores de novas restrições que podem prejudicar a demanda pela commodity.
Nove dos 11 principais setores do S&P tinham queda no início do pregão. Setores defensivos como consumo e saúde eram os únicos em alta nesta segunda-feira.
As mineradoras de metais também estavam pressionadas, devido às fortes quedas nos preços do cobre e ouro por temores sobre a demanda chinesa.
Investidores aguardam novos catalisadores para elevar os preços das ações, depois de dados fortes de emprego nos Estados Unidos impulsionarem o S&P 500 e o Dow Jones para máximas recordes na semana passada.

O Ibovespa não mostra uma tendência clara nesta segunda-feira, com ações de empresas de proteínas e de bancos entre os principais suportes positivos, enquanto a queda dos preços do petróleo e do minério de ferro em Petrobras e Vale pesavam do lado negativo, além dos riscos político e fiscal no Brasil. Na sexta-feira, o Ibovespa fechou em alta de quase 1%, assegurando uma performance positiva no acumulado da primeira semana de agosto. Para o economista-chefe da SulAmérica Investimentos, Newton Rosa, incertezas sobre o crescimento global em meio ao aumento da disseminação dos casos do coronavírus e expectativas quanto ao próximo movimento do Federal Reserve pesam sobre os ativos de risco em geral, alimentando a volatilidade. No Brasil, acrescentou Rosa, a agenda fiscal segue no foco dos investidores, com a apresentação da PEC dos Precatórios e a MP que cria o programa assistencial Auxílio Brasil (novo Bolsa Família), além da votação da reforma do Imposto de Renda. Ainda em Brasília, está no radar a votação da PEC do Voto Impresso. "Diante de tantas incertezas, a Bovespa deve permanecer sem impulso", avalia, em comentário enviado a clientes.

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Os rendimentos dos Treasuries estão praticamente inalterados nesta segunda-feira, com o mercado aguardando a divulgação de dados de inflação dos Estados Unidos e 126 bilhões de dólares em nova oferta de títulos nesta semana. A taxa do papel referencial de 10 anos US10YT=RR perdia menos de 1 ponto básico, a 1,2867%. Na sexta-feira, ela chegou à máxima de duas semanas de 1,305% depois que o forte relatório de emprego nos EUA levou a expectativas de que o Federal Reserve estaria mais perto de uma decisão sobre a redução das medidas de estímulo. O mercado está em modo de espera pela divulgação na quarta-feira do índice de preços ao consumidor de julho, disse Bill Merz, estrategista-chefe de renda fixa do Bank Wealth Management. "A semana passada era sobre empregos, esta semana é inflação", disse ele, acrescentando que dados de inflação que surpreendam para cima podem elevar os rendimentos. O Tesouro dos EUA planeja leiloar 58 bilhões de dólares em notas de três anos na terça-feira, 41 bilhões de dólares em notas de 10 anos na quarta e outros 27 bilhões de dólares em notas de 30 anos na quinta-feira. O rendimento do Treasury de dois anos US2YT=RR estava estável em 0,2084%. Uma parte observada de perto da curva de rendimento que mede a diferença entre as taxas de dois e dez anos US2US10=RR perdia 1,48 ponto, a 107,66 pontos básicos.

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O dólar apresenta volatilidade nesta segunda-feira e chegou a superar os 5,28 reais nas máximas do pregão, em mais um dia marcado por ruídos fiscais domésticos.

Vagas de emprego
O número de vagas abertas na economia dos EUA saltou para mais de 10 milhões em junho, o maior já registrado, à medida que o mercado de trabalho dos EUA continua uma recuperação instável desde as paralisações econômicas do ano passado, disse o Departamento do Trabalho na segunda-feira.

Havia 10,1 milhões de vagas abertas no último dia de junho, disse o relatório, ante 9,2 milhões em maio. O economista consultado pela Dow Jones esperava 9,1 milhões de aberturas. O salto veio com o aumento da taxa de demissões, enquanto a taxa de dispensas e dispensas permaneceu inalterada, refletindo o aumento do poder de barganha e das opções de emprego para os trabalhadores.

Por setor, lazer e hospitalidade apresentam um dos mais altos níveis de vagas de emprego, com mais de 1,6 milhão. Atenção à saúde e assistência social tem 1,5 milhão de vagas.

“A demanda por mão de obra continua cada vez mais forte. Este é o terceiro mês consecutivo de aberturas de empregos recordes”, disse o diretor de pesquisa do Laboratório de Contratação, Nick Bunker, em nota. “A taxa de demissões também está perto de seu recorde histórico, que foi estabelecido apenas dois meses atrás, em abril. Essa onda de demanda vai eventualmente diminuir, mas os candidatos a emprego devem aproveitá-la até então.”

Apesar da taxa de desemprego permanecer acima de 5% e da economia dos EUA ter milhões de empregos abaixo dos níveis pré-pandêmicos, muitas empresas relataram dificuldade em encontrar trabalhadores. Os ganhos salariais nominais, especialmente entre os empregados não executivos, também apontam para um mercado de trabalho mais apertado.

A pesquisa de vagas de emprego foi realizada antes do relatório de empregos de julho divulgado na semana passada, que mostrou a economia criando 954.000 empregos . As contratações aceleraram durante o verão, após alguns resultados decepcionantes no início do ano.

O Departamento de Trabalho disse no relatório de empregos de sexta-feira que havia 8,7 milhões de americanos procurando trabalho , o que significa que havia mais vagas abertas do que trabalhadores em potencial. Com certeza, a melhoria das economias e os mercados de trabalho restritos podem tirar os trabalhadores dos bastidores e voltar à força de trabalho.

O alto nível de vagas de emprego ocorre mesmo quando alguns estados acabam com os benefícios extras de desemprego que foram criados durante a pandemia em um esforço para motivar os americanos a voltarem ao trabalho. Os benefícios extras devem expirar para o resto do país no próximo mês.

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Projeções para o dólar
Dólar cairá a R$5,15 ao fim do ano com juros mais altos e conta corrente benigna, estima Rabobank

O dólar fechará este ano em 5,15 reais, influenciado pela alta de juros e pelo ambiente por ora tranquilo para as contas externas, disseram os estrategistas do Rabobank Maurício Une e Gabriel Santos em relatório.
Os profissionais ponderaram, no entanto, que o tema fiscal segue desafiador e que a confiança do mercado doméstico pode deteriorar com a ativa discussão sobre aumento dos gastos com o Bolsa Família e com tensões outras. Eles acreditam, porém, que o Congresso manterá os debates sobre reformas estruturais até o fim deste ano, o que amenizaria a percepção de risco em outras frentes.
A melhora dos termos de troca e números de conta corrente benignos também trabalham a favor da taxa de câmbio, que deve terminar 2022 em 5,20 por dólar. Ambas as previsões estão abaixo da cotação do dólar nesta segunda-feira, em torno de 5,29 reais.
O Rabobank atualizou projeções para outras variáveis macroeconômicas. A inflação pelo IPCA deve bater 6,5% em 2021 antes de desacelerar para 3,5% em 2022. Enquanto isso, o Banco Central deve elevar os juros para 7% ao fim deste ano e manter a taxa nesse patamar até o término de 2022. O PIB vai crescer 5% neste ano e 2% em 2022.

BTG passa a projetar dólar a R$5,00 em 2021 com "cenário desafiador"

O BTG Pactual passou a projetar o dólar a 5,00 reais ao fim deste ano, piorando a perspectiva para o desempenho da moeda brasileira em meio a um "cenário desafiador" marcado por incertezas fiscais domésticas e apostas de redução de estímulos pelo Federal Reserve.
A estimativa-base anterior do banco era de que a moeda norte-americana encerraria 2021 em 4,90 reais, mas "fatores tanto internacionais como nacionais, neste momento, nos impedem de afirmar que o cenário base é uma cotação do real abaixo de R$5", disse a equipe de pesquisa macro do BTG em relatório.
Entre os fatores que colaboraram para essa visão, os estrategistas apontaram sinais de que o banco central dos Estados Unidos está intensificando o debate sobre uma redução de seu programa de apoio à economia. Na sexta-feira, dados de emprego norte-americanos indicaram força no mercado de trabalho, elevando apostas de que o Fed poderia adotar um posicionamento mais "hawkish", ou duro com a inflação.
Assim, "entendemos que os próximos meses serão de um dólar fortalecido ao redor dos mercados, o que, por consequência, reduz a atratividade do real", disse o BTG.
Ao mesmo tempo, o cenário fiscal doméstico repleto de incertezas também tende a favorecer a moeda norte-americana.
Com uma reforma tributária que pode "diminuir a capacidade arrecadatória do governo" e o esforço do presidente Jair Bolsonaro para elevar o valor do Bolsa Família, "o mercado entende que o teto de gastos do governo está ameaçado e não está hesitando em aumentar as proteções nos portfólios, que, em parte, são feitas em dólar", afirmou o banco.
Embora o "cenário desafiador" deva permanecer em jogo nos próximos meses, o banco afirmou que a retomada da economia doméstica no segundo semestre com a melhora no ritmo de vacinação da população e as elevadas exportações brasileiras devem valorizar o real até o fim deste ano.
Além disso, "a mudança na postura do Banco Central, que assumiu tom mais duro em seu último comunicado e deve levar a Selic ao nível acima do juro neutro até o final do ciclo de alta, pode fomentar a entrada de capital estrangeiro no Brasil", afirmou o BTG. "Dito isso, nosso call de (Selic de) 7,5% ao final deste ano segue coerente e consistente com um cenário de apreciação do real."
Além de alterar seu cenário básico para um dólar a 5,00 reais ao fim de 2021, o banco alterou seu cenário otimista para 4,80 reais, de 4,75 reais anteriormente. Também houve mudança na estimativa pessimista, para 5,40 reais, ante projeção de 5,35 reais em relatório anterior.

Análise Técnica - Gráfico Diário
Dólar x Real: +1,00%

A alta na sessão de hoje confirma o rompimento no topo nº 2 e teste na resistência spot de R$5,30.

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Suporte 3 Suporte 2 Suporte 1 Pontos de Pivô Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3
5,1661 5,1932 5,2099 5,2369 5,2639 5,2806 5,3077
 


Dólar INDEX: +0,17%
(comportamento do dólar ante as principais moedas no exterior)

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Observem nossos indicadores técnicos assim como os principais pontos de suporte e resistência:

Suporte 3 Suporte 2 Suporte 1 Pontos de Pivô Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3
92,05 92,27 92,41 92,63 92,85 92,99 93,21

 

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Fonte: Reuters e Investing.com