Down Jones +0,55% S&P +0,40% NASDAQ +0,63% Petróleo (WTI)  +0,76%
DAX +0,37% FTSE 100 -0,12% EURO STOXX 50 +0,40% Petróleo (Brent) +0,67%
NIKKEI  +0,52% SHANGHAI -0,31% IBOVESPA +1,17% Ouro  -0,54%

Visão de Mercado

As ações norte-americanas e os preços do petróleo se recuperam na manhã desta quinta-feira, após queda nos pedidos de auxílio-desemprego e aumento do déficit comercial dos Estados Unidos, dados econômicos positivos em face do aumento dos casos de Covid-19 e sinais de redução do estímulo do Federal Reserve. O número de norte-americanos que entraram com novas solicitações de auxílio-desemprego caiu ainda mais na semana passada, enquanto as demissões recuaram para seu nível mais baixo em pouco mais de 21 anos em julho, com as empresas mantendo seus trabalhadores em meio à escassez de mão de obra. Já o déficit comercial dos EUA atingiu uma máxima recorde em junho, com os esforços das empresas para recompor os estoques, de forma a atender aos gastos robustos dos consumidores, atraindo mais importações. Às 11:33 (horário de Brasília), o índice Dow Jones subia 0,43%, a 34.942 pontos, enquanto o S&P 500 ganhava 0,33775%, a 4.418 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançava 0,37%, a 14.835 pontos.

O vice-chair do Federal Reserve, Richard Clarida, um dos principais arquitetos da nova estratégia de política monetária do banco central norte-americano, disse na quarta-feira que sente que as condições para aumento de juros nos EUA poderiam ser satisfeitas até o final de 2022, aumentando as expectativas de que o banco central pode reduzir suas compras de títulos em breve. Na sexta-feira, será divulgado relatório sobre a criação de empregos fora do setor agrícola dos EUA, visto como importante para a postura de política monetária do Fed.

O Ibovespa avança mais de 1% nesta quinta-feira, trabalhando acima dos 123 mil pontos, com as ações da Petrobras disparando cerca de 10% após resultado trimestral acima das expectativas e anúncio de antecipação de dividendos. A temporada de balanços ainda destacava os números de Banco do Brasil e Totvs, também entre as contribuições positivas do dia, além do desempenho da Braskem no segundo trimestre. Às 11:16, o Ibovespa .BVSP subia 1,37%, a 123.472,58 pontos. O volume financeiro somava 11,5 bilhões de reais. Investidores também repercutem o aumento da Selic, com alta de 1 ponto percentual, para 5,25% ao ano na véspera, bem como indicação do Banco Central de que deve repetir a dose em setembro diante das pressões inflacionárias.

Ainda no radar doméstico estão desdobramentos do ambiente político do país e riscos fiscais, em meio à tensão entre o presidente Jair Bolsonaro e o Supremo Tribunal Federal (STF) e planos do governo de parcelar o pagamento de precatórios.

Rentabilidade dos Treasures longos nessa tarde:

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Os operadores deixavam os rendimentos dos Treasuries amplamente inalterados nesta quinta-feira, apesar de um relatório saudável sobre pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, à medida que esperavam por dados de emprego mais detalhados com divulgação na sexta-feira. A taxa do título de dez anos US10YT=RR subia menos de 1 ponto-base, a 1,1902%, nas negociações da manhã. Os números do Departamento do Trabalho norte-americano mostraram que os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram ainda mais na semana passada, enquanto as demissões recuaram para seu nível mais baixo em pouco mais de 21 anos em julho, com as empresas mantendo seus trabalhadores em meio à escassez de mão de obra.

Radar de Mercado:

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O dólar caía contra o real nesta quinta-feira, chegando a cravar 5,12 reais na mínima do dia, com o posicionamento mais agressivo do Banco Central do Brasil na reunião de política monetária da véspera elevando a atratividade da moeda brasileira, embora preocupações fiscais continuassem no radar.

Gatilhos do dólar – Comentários

Por Guacyro Filho

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COPOM
O BC elevou a taxa Selic em 1 ponto percentual na quarta-feira, a 5,25% ao ano, indicando que deve repetir a dose em setembro diante das pressões inflacionárias. Para domá-las, o BC também apontou que a necessidade agora é de uma taxa básica de juros acima do patamar neutro, ou seja, em nível suficiente para desaquecer a economia.
Ele acrescentou que a previsão para as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC é de que a postura mais dura seja mantida, o que pode continuar a puxar o dólar para baixo. Um maior diferencial de juros entre o Brasil e países de economias avançadas tende a beneficiar o real, principalmente devido a estratégias de "carry trade". Elas consistem na tomada de empréstimos em moeda de país de juro baixo e compra de contratos futuros de uma divisa de juro maior (como o real), de forma que o investidor ganha com a diferença de taxas.

SELIC A 6,25 em setembro
Exato, o Comitê “cravou” outra elevação de mais 1% na próxima reunião daqui a 45 dias de forma que esse última consideração feita pelo COPOM pode ser considerado a maior surpresa da decisão, pois ainda que houve certa divisão sobre a necessidade de elevação de 100 bp, o próximo movimento não foi deixado em aberto, restando ao mercado se adaptar a tal cenário. A questão climática dita várias vezes em nossas análises é um fator determinante ao Banco Central nesse momento de precificação de safras e o “efeito dominó” disso repercute no câmbio e inflação consequentemente.
O impacto de oferta é observado desde o ano passado, o câmbio influencia no conjunto das medidas de preços no Brasil tornando a alta nas commodities algo previsível dadas as perspectivas de crescimento econômico global.

Análise Técnica - Gráfico Diário
Dólar x Real: -0,35%

O dólar opera em leve queda nessa quinta-feira após decisão do COPOM, o motivo de ainda aparente cautela dos investidores internacionais se explica pelo fato da na expectativa pelo relatório de emprego dos Estados Unidos na sexta-feira, depois de impulso no dia anterior devido a comentários "hawkish" de autoridade do Federal Reserve.

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Suporte 3 Suporte 2 Suporte 1 Pontos de Pivô Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3
5,1118 5,1429 5,1621 5,1932 5,2243 5,2435 5,2746

 

Análise Técnica - Gráfico Diário

Dólar INDEX: -0,07% (comportamento do dólar ante as principais moedas no exterior)

O índice do dólar USD= mantinha seus ganhos contra uma cesta de moedas na manhã desta quinta-feira, na esteira dos comentários "hawkish" de Clarida, sendo negociado em torno de 92,282, após atingir uma máxima em oito dias de 92,352.

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Observem nossos indicadores técnicos assim como os principais pontos de suporte e resistência:

Suporte 3 Suporte 2 Suporte 1 Pontos de Pivô Resistência 1 Resistência 2 Resistência 3
91,64 91,83 91,94 92,13 92,32 92,44 92,63

 

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Fonte: Reuters e Investing.com