Panorama de Mercado 05/05/2022

Visão de Mercado

Mercado Americano – Dow cai 1.000 pontos, Nasdaq cai mais de 4% à medida que a venda de Wall Street se intensifica.

As ações caíram acentuadamente na quinta-feira, apagando os ganhos vistos na sessão anterior depois que o Federal Reserve elevou as taxas em meio ponto.
O Dow Jones Industrial perdeu 1.012 pontos, ou 3,0%. O S&P 500 e o Nasdaq caíram 3,5% e 4,7%, respectivamente.
Os movimentos vêm após uma grande alta das ações na quarta-feira. O Dow subiu 932 pontos, ou 2,81%, e o S&P 500 ganhou 2,99% para seus maiores ganhos desde 2020. O Nasdaq saltou 3,19%.

O Fed aumentou sua taxa básica de juros em 50 pontos base, como esperado, e disse que começaria a reduzir seu balanço patrimonial em junho.
No entanto, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse durante sua entrevista coletiva que o banco central “não está considerando ativamente” um aumento maior da taxa de 75 pontos base, o que pareceu desencadear um rali.

Ainda assim, o Fed permanece aberto à perspectiva de elevar as taxas acima do neutro para conter a inflação, observou Zachary Hill, chefe de estratégia de portfólio da Horizon Investments.
“Apesar do aperto que vimos nas condições financeiras nos últimos meses, está claro que o Fed gostaria de vê-los mais apertados”, disse ele. “Avaliações mais altas de ações são incompatíveis com esse desejo, portanto, a menos que as cadeias de suprimentos se recuperem rapidamente ou os trabalhadores voltem à força de trabalho, é provável que quaisquer altas de ações sejam em tempo emprestado, já que as mensagens do Fed se tornam mais agressivas novamente”.
As grandes ações de tecnologia estavam sob pressão, com a Meta Platforms, dona do Facebook, e a Amazon caindo 5,8% e 7,1%, respectivamente. A Microsoft caiu 4,7%. A Salesforce caiu 6,3%.
As ações de comércio eletrônico foram uma importante fonte de fraqueza na quinta-feira, após alguns relatórios trimestrais decepcionantes.

O Etsy e o eBay caíram 15% e 8%, respectivamente, após emitirem orientações de receita mais fracas do que o esperado. Shopify caiu mais de 17% depois de perder estimativas nas linhas superior e inferior.
O mercado do Tesouro também viu uma reversão dramática do rali de quarta-feira. O rendimento do Tesouro de 10 anos, que se move na direção oposta ao preço, voltou a subir acima de 3% na manhã de quinta-feira e atingiu seu nível mais alto desde 2018. As taxas crescentes podem pressionar as ações de tecnologia orientadas para o crescimento, pois tornam os lucros distantes menos atraentes aos investidores.

O cofundador do Carlyle Group, David Rubenstein, disse que os investidores precisam “voltar à realidade” sobre os ventos contrários para os mercados e a economia, incluindo a guerra na Rússia e a alta inflação.

“Nós também estamos olhando para aumentos de 50 pontos-base nas próximas duas reuniões do FOMC. mas ainda temos que reconhecer que temos alguns desafios econômicos reais nos Estados Unidos”, disse Rubenstein na quinta-feira.

Alguns estrategistas de Wall Street sugeriram que os mercados poderiam ver um rali de alívio após o aumento da taxa. Após os comentários de Powell, os investidores pareciam à vontade com a capacidade do banco central de desacelerar a inflação sem desencadear uma recessão. O S&P 500 e o NASDAQ atingiram seus níveis mais baixos do ano no início desta semana, após um abril difícil para as ações, possivelmente fazendo algumas áreas do mercado sobrevendidas e preparadas para um salto de curto prazo.

Mercados Brasil – Adeus lucros de 2022!

O principal índice da bolsa brasileira afundava nesta quinta-feira, em linha com Nova York, após alta na véspera por causa de mensagem mais suave do Federal Reserve (Fed) quanto aos juros.
O mercado local também digeria a sinalização do Banco Central de uma elevação menor do que 1 ponto percentual na próxima reunião de política monetária.

Vale e Itaú Unibanco eram as maiores pressões ao índice e varejo e tecnologia estavam entre os setores de pior desempenho. Suzano e Klabin eram as únicas altas.
Às 12:03 (de Brasília), o Ibovespa caía 3,4%, a 104.655,23 pontos. O volume financeiro era de 8,5 bilhões de reais.

O índice avançou 1,7% na quarta-feira, acompanhando salto das bolsas em Wall Street, após o presidente do banco central norte-americano, Jerome Powell, descartar uma alta de 0,75 ponto percentual por ora no juro dos Estados Unidos. A declaração veio na sequência do anúncio de elevação em 0,5 ponto, como esperado.

As ações em Nova York revertiam o movimento nesta quinta-feira, impactadas pela queda firme dos papéis de tecnologia - o Nasdaq afundava 4,3%.

"Tem a devolução do mercado aqui por conta do movimento lá fora em Nova York", diz Camila Abdelmalack, economista na Veedha Investimentos. "Por mais que mercado entenda que a postura do Fed não foi tão agressiva assim, o fato é que na curva de juros dos EUA a elevação de 0,75 ponto continua sendo a mais provável"

Internamente, havia impacto ainda da decisão de política monetária do BC, divulgada na noite da véspera. A alta de 1 ponto da Selic era amplamente esperado e os investidores focaram na indicação do BC de uma alta de menor magnitude na próxima reunião, sem especificar se isso representaria o fim do ciclo.

Uma série de balanços corporativos negativos também pesava sobre o humor dos investidores na cena doméstica.

Rentabilidade dos Treasures longos nessa tarde:

Os rendimentos do Tesouro subiram na quinta-feira, apagando suas perdas da sessão anterior que foram provocadas pelo presidente do Fed, Jerome Powell, sinalizando que o banco central não faria aumentos mais agressivos nas próximas reuniões.

O rendimento da nota do Tesouro de 10 anos de referência subiu mais de 17 pontos base para 3,09% por volta das 11h15 ET, atingindo seu nível mais alto desde 2018. O rendimento do título do Tesouro de 30 anos subiu 17 pontos base para 3,176%. . Os rendimentos movem-se inversamente aos preços e 1 ponto base é igual a 0,01%.

RADAR DE MERCADO


Dólar avança ante real com recuperação da moeda no exterior dentro desse contexto, Bancos Centrais dominam o foco.
Na tarde dessa quinta-feira(05) não apenas o Real do Brasil mas uma série de moedas emergentes cedem terreno depois de amplas valorizações registradas na quarta-feira.

Bancos Centrais - Banco da Inglaterra eleva taxas de juros para máxima de 13 anos, vê inflação atingindo 10%


O Banco da Inglaterra elevou nesta quinta-feira as taxas de juros para seu nível mais alto em 13 anos, em uma tentativa de combater a inflação crescente.

Em um movimento amplamente esperado, os formuladores de políticas do BOE votaram por um quarto aumento consecutivo da taxa desde dezembro, em um momento em que milhões de lares do Reino Unido estão lutando contra o aumento vertiginoso do custo de vida.



O Comitê de Política Monetária do Banco aprovou um aumento de 25 pontos base por maioria de 6 a 3, elevando a taxa básica de juros para 1%. O Banco disse que os membros minoritários preferiram aumentar as taxas de juros em 0,5 ponto percentual para 1,25%.

Como muitos bancos centrais ao redor do mundo, o BOE tem a tarefa de conduzir a economia através de um aumento da inflação que foi exacerbado pelo ataque não provocado da Rússia na Ucrânia.

A inflação anual do Reino Unido atingiu uma alta de 30 anos de 7% em março - mais de três vezes o nível da meta do BOE - à medida que os preços dos alimentos e da energia continuam subindo. Enquanto isso, a confiança do consumidor do Reino Unido caiu para um nível quase recorde em abril, em meio a temores de desaceleração do crescimento econômico.

O Banco espera que a inflação no Reino Unido suba para cerca de 10% este ano como resultado da guerra Rússia-Ucrânia e dos bloqueios na China. Também alertou que os preços provavelmente aumentarão mais rapidamente do que a renda para muitas pessoas, aprofundando a crise do custo de vida.




A libra esterlina atingiu uma baixa de 1,2393 em relação ao dólar na tarde de quinta-feira, horário de Londres, o nível mais baixo desde 1º de julho de 2020 . A moeda do Reino Unido foi negociada pela última vez em US$ 1,2405, uma queda de mais de 1,7%.

“As pressões inflacionárias globais se intensificaram acentuadamente após a invasão da Ucrânia pela Rússia”, disse o MPC do banco. “Isso levou a uma deterioração material nas perspectivas de crescimento mundial e do Reino Unido.”

‘Um caminho muito estreito’
“A questão é que estamos trilhando um caminho muito estreito agora”, disse o governador Andrew Bailey em entrevista coletiva quando perguntado por que o Banco havia tomado a decisão de aumentar as taxas.

“A razão próxima para aumentar [a] taxa bancária neste momento não é apenas o perfil atual da inflação e o que está por vir e, claro, o que isso pode significar para as expectativas de inflação – mas também os riscos”, disse Bailey.

O chefe do BOE havia dito anteriormente que o banco pode procurar adotar uma abordagem mais incremental para o aperto, em vez de seguir o Federal Reserve dos EUA com um aumento de 50 pontos-base.

O banco central dos EUA elevou na quarta-feira sua taxa de juros de referência para uma faixa de taxa entre 0,75% e 1%. Ele marcou o maior aumento de juros do Fed em duas décadas e seu passo mais agressivo até agora em sua luta contra uma alta de 40 anos na inflação.

Em suas previsões atualizadas, o Banco destacou o risco iminente de recessão para a quinta maior economia do mundo. O BOE disse que agora espera que o produto interno bruto contraia nos três últimos meses do ano, refletindo em parte o grande aumento projetado nas contas de energia doméstica em outubro.

É neste momento que o Banco também vê a inflação no Reino Unido atingindo seu pico de 10,2% - o nível mais alto desde 1982.

“Espera-se que o crescimento do PIB do Reino Unido desacelere acentuadamente na primeira metade do período de previsão”, disse o banco. “Isso reflete predominantemente o impacto adverso significativo dos fortes aumentos nos preços globais de energia e bens comercializáveis na renda real da maioria das famílias do Reino Unido e nas margens de lucro de muitas empresas do Reino Unido”.

‘Modo piloto automático’
“A combinação de crescimento mais lento e inflação mais alta é um desafio para muitos formuladores de políticas e se reflete na votação dividida de hoje”, disse Hussain Mehdi, estrategista macro e de investimentos do HSBC Asset Management.

“No entanto, com a inflação definida para permanecer mais alta por mais tempo em 2022, o aperto da política do MPC permanece no modo piloto automático em meio a preocupações com os efeitos secundários dos mercados de trabalho apertados”, disse Mehdi.

“Olhando para o futuro, os preços da energia e os bloqueios na China são os principais fatores de risco, mas a possibilidade de a inflação esfriar ainda este ano e o impacto de um aperto significativo na renda das famílias no crescimento podem levar o banco a um caminho mais suave”, acrescentaram.

“Na minha opinião, a combinação da pandemia e do Brexit mudou os fundamentos da economia do Reino Unido – particularmente sua capacidade de gerar inflação persistente”, disse Karen Ward, estrategista-chefe de mercado EMEA do JPMorgan Asset Management.

“O Banco terá que continuar aumentando as taxas para reduzir a inflação, mas uma abordagem gradual, como adotada hoje, é compreensível dada a natureza dos riscos atuais”, disse Ward.

“Se a demanda reprimida pós-pandemia continuar a superar o vento contrário dos preços mais altos, a demanda permanecerá resiliente. Nesse caso, o BoE ainda tem algum caminho a percorrer neste ciclo de alta.”

Brasil - Governo falará com Congresso sobre projeto que pode sustar reajustes de energia.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo fechou abril com alta de 1,62 por cento, após avanço de 1,28 por cento no mês anterior, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta quarta-feira.


Greve no Banco Central - Publicações do BC são suspensas por greve, mas comunicado e ata do Copom não serão afetados.

O governo federal vai buscar diálogo com o Congresso sobre o projeto em tramitação na Câmara que propõe sustar reajustes de tarifas de energia elétrica, disse o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, nesta quinta-feira.
"É muito dialogo, vamos conversar e buscar soluções para essa questão que não é uma questão do Brasil, mas mundial", afirmou Albuquerque a jornalistas, após participação em evento em São Paulo.
Questionado se já existe algum plano em avaliação, ele disse que o governo está permanentemente trabalhando em formas de reduzir as tarifas de energia.

Mais cedo, Albuquerque ressaltou em discurso no evento que o Brasil precisa respeitar os pilares que garantem o crescimento e desenvolvimento do setor elétrico, como segurança jurídica e regulatória, previsibilidade e governança. "Isso nós construímos e temos que preservar, ou seja, respeito aos contratos".

A Câmara dos Deputados aprovou na terça-feira um requerimento de urgência para um projeto de decreto legislativo (PDL) que prevê suspender o reajuste aprovado para a Enel Ceará em 2022, mas o relator da proposta declarou que quer ampliar o texto para abarcar outras distribuidoras.

A proposta é ilegal e, em última instância, pode prejudicar a prestação dos serviços aos consumidores e elevar a percepção de risco de investidores do setor, segundo advogados e analistas ouvidos pela Reuters.
O projeto foi criticado pelo deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania - SP), que vê na suspensão de reajustes um fator de incerteza que pode resultar na elevação de preços.
"O que a sociedade não suporta são instabilidades, o que a sociedade não suporta são medidas tomadas com visão de curto prazo, muitas vezes populistas, e que depois o preço vai ficar muito mais caro", disse o parlamentar, em discurso no evento.

Jardim citou como exemplos de interferências negativas a medida provisória 579, do governo Dilma Rousseff, e as recentes pressões sobre a Petrobras para postergar reajustes de combustíveis.
Já o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), presidente da Frente Parlamentar de Energias Renováveis (FER), afirmou que a proposta de decreto não prevê "quebra de contrato", mas abrir espaço para diálogo sobre os termos assinados pelas distribuidoras há quase 30 anos, em um contexto muito distinto do setor elétrico.

"Contratos precisam ser cumpridos, agora não existem contratos eternos, nem que não possam ser dialogados em cima de suas prerrogativas", disse, acrescentando que o Congresso buscar "lucidez e transparência" para defender o elo mais fraco da cadeia, que é o consumidor final.
ELETROBRAS
O ministro comentou ainda a jornalistas que o governo tem uma expectativa "extremamente positiva" para o julgamento final sobre a privatização da Eletrobras no Tribunal de Contas da União em 18 de maio, mas não entrou em detalhes.

Gatilhos do dólar – Comentários
Por Guacyro Filho

Finanças - Apesar do grande aumento das taxas do Fed, a maioria dos bancos ainda pagará taxas de juros insignificantes no exterior.

O Federal Reserve acaba de aumentar sua taxa básica de juros em meio ponto percentual, seu maior movimento em mais de duas décadas , enquanto busca domar a inflação.

As ações do banco central significam que, em uma era de aumento acentuado dos preços de tudo, de alimentos a combustíveis, o próprio custo do dinheiro está aumentando. Os mutuários - pessoas que buscam hipotecas ou que têm dívidas de cartão de crédito - em breve pagarão taxas mais altas por esses empréstimos.
Mas, do outro lado da equação, os depositantes que mantêm suas economias nos bancos provavelmente não colherão os benefícios tão cedo. Isso porque as medidas tomadas para evitar o desastre econômico em 2020 deixaram o setor bancário dos EUA inundado de depósitos , e a maioria dos credores tem poucos motivos para atrair mais, segundo analistas.
“Os maiores bancos em particular estão sentados em uma montanha de depósitos. A última coisa no mundo que vão fazer é aumentar o que estão pagando nesses depósitos”, disse Greg McBride, analista financeiro-chefe do Bankrate.com. “As grandes franquias bancárias dominantes que têm agências e caixas eletrônicos de costa a costa não serão pressionadas a aumentar suas taxas.”
Em 2020, os EUA liberaram centenas de bilhões de dólares em estímulos para pequenas empresas e famílias, apoiaram os mercados com programas de compra de títulos e levaram as taxas a quase zero. Grande parte desse dinheiro chegou aos bancos, que absorveram cerca de US$ 5 trilhões em novos depósitos nos últimos dois anos, segundo dados da Federal Deposit Insurance Corporation.
Ao mesmo tempo, os empréstimos do setor não acompanharam o ritmo, o que significa que os bancos tinham menos lugares para aplicar o dinheiro. Apesar de pagar juros irrisórios, as margens de empréstimos do setor foram reduzidas, atingindo um recorde de baixa no ano passado. O valor médio nacional pago pela poupança oscilou em torno de 0,06%, de acordo com o Bankrate.com. No JPMorgan Chase, o maior banco dos EUA em ativos, a maioria das contas de varejo pagava um minúsculo rendimento percentual anual de 0,01% em 29 de abril.
Caminhadas atrasadas
Nos ciclos anteriores de aumento das taxas, os bancos eram tipicamente lentos em aumentar as taxas pagas aos depositantes, pelo menos no início, para permitir que eles tivessem tempo para primeiro emprestar dinheiro a taxas mais altas. Essa dinâmica não é novidade para quem acompanha o setor: na verdade, é o maior fator no caso de investimento para os bancos, que tendem a se beneficiar de margens de empréstimos mais gordas à medida que a taxa dos Fundos Federais sobe.

Mas há um debate entre os analistas sobre se aspectos únicos do momento atual forçarão os bancos a serem mais responsivos ao aumento das taxas. O resultado terá implicações para milhões de poupadores americanos.
O beta de depósito do setor, um termo que mede a capacidade de resposta de um banco às mudanças na taxa prevalecente, provavelmente será baixo “para os primeiros aumentos da taxa do Fed” por causa do “excesso de liquidez” no sistema financeiro, disse o analista bancário do JPMorgan , Vivek . Juneja disse em uma nota de 4 de maio. (Quanto maior o beta de depósito de um banco, mais acentuadamente ele está aumentando as taxas.)
Mas a forte taxa de aumentos esperados neste ciclo, a maior concorrência das fintechs e a conscientização mais ampla das taxas resultarão em betas de depósito mais altos do que no ciclo de aperto anterior, disse Betsy Graseck, analista do Morgan Stanley , em nota de 14 de março. Esse ciclo durou cerca de três anos até 2018.
“Os consumidores provavelmente estarão mais cientes dos aumentos das taxas devido à velocidade mais rápida e ao foco da fintech nas taxas como forma de adquirir clientes”, escreveu Graseck. “Isso pode pressionar os bancos estabelecidos a aumentar suas taxas de depósito mais rapidamente.”
Além disso, o Consumer Financial Protection Bureau disse que estará observando como o setor reage ao aumento das taxas durante este ciclo, aumentando a pressão sobre os bancos.

‘Mova seu dinheiro’
Outra incógnita é o impacto que o chamado Quantitative Tightening do Fed terá sobre os bancos. Isso é o inverso dos programas de compra de títulos do banco central; na quarta-feira, o Fed afirmou sua orientação de que reduzirá os títulos em até US$ 95 bilhões por mês.
Isso pode desacelerar o crescimento dos depósitos mais do que os bancos esperam, aumentando as chances de que eles sejam forçados a aumentar as taxas este ano, disse Graseck.
Embora grandes credores como JPMorgan, Bank of America e Wells Fargo provavelmente não aumentem significativamente seus pagamentos tão cedo, bancos online e fintechs, credores comunitários e cooperativas de crédito serão mais responsivos, aumentando as taxas esta semana, de acordo com McBride. Representantes dos três bancos não comentaram imediatamente.
Assim como os bancos veem as taxas que pagam aos poupadores puramente como uma decisão de negócios, os poupadores devem fazer o mesmo, disse ele.
“Coloque seu dinheiro onde você terá um retorno melhor, é o único almoço grátis em finanças”, disse McBride. “Transferir seu dinheiro para outra instituição financeira segurada pelo governo federal oferece rendimento adicional sem ter que assumir nenhum risco adicional.”

Calendário Econômico da Semana

Análise Técnica - Gráfico Diário
Dólar x Real: +2,59%
Puxado pela valorização no exterior, o dólar amplia seus ganhos frente a divisa brasileira rompendo a resistência R2(R$5,0154) e a resistência R3(R$5,0337) até o momento.
Caso as taxas fechem acima da R3 reavaliaremos as novas pretensões da paridade, aparentemente o mercado se movimenta em correção diante da queda de ontem, porém ainda que não esteja configurando a curto prazo novas correções no dólar, visualizamos esse potencial de novos testes no suporte de R$4,50 diante de uma taxa SELIC que manterá a equação do “carrego” ainda favorável a divisa brasileira.

Suporte 3	Suporte 2	Suporte 1	Pontos de Pivô	Resistência 1	Resistência 2	Resistência 3
4,8073	4,8617	4,8953	4,9496	5,0039	5,0375	5,0919

Análise Técnica - Gráfico Diário
Dólar INDEX: +1,25% (comportamento do dólar ante as principais moedas no exterior)

O dólar se recuperava nesta quinta-feira, embora estivesse abaixo de máximas em 20 anos alcançadas na semana passada, um dia depois que o Federal Reserve afirmou que tomará medidas agressivas para combater a inflação crescente, mas minimizou a perspectiva de aumentos ainda maiores nos juros.

A moeda norte-americana caiu acentuadamente na quarta-feira, depois que o chair do Fed, Jerome Powell, disse a repórteres que as autoridades do banco central não estavam considerando ativamente doses de aperto de 0,75 ponto percentual no futuro. O comentário veio depois que a instituição aumentou os custos dos empréstimos em 0,5 ponto, como era amplamente esperado.

Mas o dólar recuperava terreno nesta quinta, com o euro sendo prejudicado por dados fracos da Alemanha, que mostraram que as encomendas à indústria sofreram sua maior queda mensal desde outubro passado em março.
O dólar também era impulsionado pela busca por segurança à medida que as ações caíam, arrastadas por papéis de crescimento de megacapitalização.
A reunião do Fed de quarta-feira foi "a primeira vez em muito tempo que Powell e o Fed não se tornaram cada vez mais 'hawkish' (agressivos no combate à inflação)", disse Erik Nelson, macroestrategista do Wells Fargo em Nova York.

"Acho que isso é um divisor de águas em termos de um movimento ascendente no dólar e nos juros e acho que teremos um recuo contínuo do dólar aqui nos próximos dias", disse Nelson, embora tenha acrescentado que "o que realmente acontece agora vai depender dos dados".
Às 12:06 (de Brasília), o índice do dólar que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas-- subia 1,10%, a 103,680. A moeda saltou a 103,93 na última quinta-feira, maior nível desde dezembro de 2002.



Observem nossos indicadores técnicos assim como os principais pontos de suporte e resistência:

Suporte 3	Suporte 2	Suporte 1	Pontos de Pivô	Resistência 1	Resistência 2	Resistência 3
101,72	102,16	102,44	102,88	103,32	103,60	104,04

 

Fonte: Reuters e Investing.com