Panorama de Mercado 01/06/2021

Visão de Mercado

As Bolsas norte-americanas operam em forte alta após um conjuntos de dados econômicos trazerem ao mercado uma maior clareza sobre a trajetória inflacionária nos EUA.
Esse movimento provoca um maior apetite a risco e uma movimentação do fluxo de capital estrangeiro para “praças econômicas” que apresentem melhores oportunidades de ganhos com um risco mensurado.

Rentabilidade dos Treasures longos nessa tarde:

Os rendimentos dos títulos aumentaram na terça-feira, com os investidores digerindo os dados de inflação da semana passada e olhando para o importante relatório de empregos de sexta-feira.
A inflação está ainda mais em foco desde a divulgação do índice de preços de gastos pessoais com consumo pessoal de abril na semana passada, uma medida chave da inflação, que subiu 3,1% acima do esperado.
O Ouro, que é muitas vezes usado como proteção contra a inflação, ainda está acima do nível chave de US$ 1.900,00

O relatório de manufatura ISM de maio veio quase em linha com as expectativas, mostrando um forte crescimento contínuo, aumento dos custos das commodities e preços mais altos. No entanto, o aumento dos preços desacelerou ligeiramente em relação ao mês anterior.

Radar de Mercado:

O real lidera os ganhos nos mercados globais de câmbio nesta terça-feira, depois que dados mostraram um crescimento econômico mais acentuado do que o esperado no Brasil, enquanto um dólar mais fraco impulsionava a maioria de seus pares regionais.
O peso mexicano sobe 0,5%, enquanto o peso chileno avançava 0,6% em relação ao dólar.
Investidores aguardam dados de emprego dos Estados Unidos a serem divulgados na sexta-feira para avaliar a saúde da maior economia do mundo, também em busca de pistas sobre a postura de política monetária do Federal Reserve, o banco central norte-americano.
O sol peruano recua 0,7%, à medida que aumenta a expectativa em torno das eleições presidenciais do país, que ocorrerão neste fim de semana. Os dois principais candidatos a direitista Keiko Fujimori e o socialista Pedro Castillo estão praticamente empatados nas pesquisas.
Nesta manhã, o real chegou a subir 1,4% contra o dólar, após dados mostrarem que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil avançou 1,2% no primeiro trimestre, voltando a patamares pré-pandemia.

OPEP
A Opep+ concordou nesta terça-feira em manter o ritmo atualmente previsto para uma gradual redução em seus cortes de oferta de petróleo, disseram duas fontes com conhecimento dos planos, em momento em que o grupo de produtores tenta equilibrar expectativas de recuperação na demanda com um esperado aumento na produção do Irã.
Conhecidos em conjunto como Opep+, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e seus aliados decidiram em abril devolver 2,1 milhões de barris por dia (bpd) em oferta ao mercado entre maio e julho, antecipando uma alta na demanda apesar de elevados números de casos de Covid-19 na Índia.
O secretário-geral da Opep, Mohammad Barkindo, disse não esperar que uma maior oferta do Irã cause problemas.
"Nós antecipamos que a esperada volta da produção e exportações do Irã ao mercado global ocorrerá de maneira ordenada e transparente", disse ele em comunicado.
O ministro de Energia da Arábia Saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, disse que vê uma boa recuperação da demanda nos Estados Unidos e China.
A Opep+ não discutiu planos de produção para a partir de agosto, segundo uma fonte. O grupo deverá ter um próximo encontro ministerial em 1° de julho, ainda segundo a fonte.

Europa
Os mercados europeus alcançam novos recordes com dados econômicos sólidos e ralis de petróleo após uma sessão tranquila devido aos feriados no Reino Unido e os EUA, com números da inflação da Alemanha e da Espanha guiando. O otimismo sobre as perspectivas de recuperação econômica da região continuou a impulsionar os mercados nos últimos meses, com mais indicadores chegando na terça-feira.
As leituras finais do PMI de manufatura IHS Markit para maio mostraram que a atividade na zona do euro atingiu um recorde de 63,1, acima dos 62,9 em abril e excedendo uma estimativa inicial de 62,8.
Os preços do petróleo também subiram durante o pregão asiático, com os futuros do petróleo de referência internacional Brent subindo 2,42%, a $ 71 por barril. Os futuros do petróleo americano avançaram 3,18%, para $ 68,43 por barril.

EUA
A melhoria da situação doméstica do coronavírus, juntamente com a chegada do clima de verão, gerou outro dia de fortes ganhos na reabertura de negócios de Wall Street, como viagens e hospitalidade.
Os investidores estão aguardando a reunião do Federal Reserve agendada para 15 a 16 de junho. A chave para os mercados é se o Fed começará a acreditar que a inflação está acima do esperado ou que a economia está se fortalecendo o suficiente para progredir sem tanto apoio monetário.
O relatório de emprego de maio, previsto para ser lançado na sexta-feira, fornecerá uma leitura chave da economia. De acordo com a Dow Jones, os economistas esperam ver cerca de 674.000 empregos criados em maio, depois dos 266.000 empregos criados em abril, muito menos do que o esperado.

Brasil
A alta de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre deste ano frente aos três primeiros meses de 2020 sinaliza que a economia deve ter um crescimento "bastante forte" neste ano, afirmou o ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta terça-feira.
"No primeiro trimestre do ano passado, ela (economia) já estava a um ritmo bastante melhor do que o ano anterior, que tinha sido (de crescimento de) 1%. Ela possivelmente estava crescendo a 2%, 2,5%", disse Guedes durante audiência na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados.
"Então se nós estamos crescendo acima desse primeiro trimestre do ano passado... é possível que nós estejamos crescendo realmente a taxas bem maiores", afirmou, acrescentando que, com o avanço da vacinação e dos protocolos, a economia está mais protegida da pandemia neste ano.
O PIB brasileiro cresceu 1,2% no primeiro trimestre frente aos três meses imediatamente anteriores e retomou o patamar pré-pandemia, embora o ritmo de alta tenha perdido força, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Gatilhos do dólar – Comentários

Se existe uma data, um dia e uma hora exata para não apostar contra o Real Brasileiro esse momento é hoje!
Desde o início da pandemia a economia brasileira vem sofrendo forte depreciação em seus ativos devido a oscilação especulativa no preço das commodities, dúvidas sobre o abastecimento, capacidade financeira de socorro à economia, elevação do índice de endividamento/PIB, início de crise política, risco de rompimento de teto fiscal e dúvidas em torno das reformas e privatizações. No entanto, após os fortes aportes internacionais em suas respectivas economias terem provocado uma maior liquidez financeira, os países ricos se concentraram na “corrida por vacinas” visando a reabertura de suas economias e ainda que “aos trancos e barrancos”, isso aconteceu. Conforme os problemas sanitário-sociais foram sendo sanados, nessas economias observamos a potencialização do otimismo global após o FED e BCE principalmente se manterem firmes em suas políticas monetárias acomodatícias.
Diante desse cenário, o Real brasileiro também conhecido como o “patinho feio” entre as moedas emergentes após 15 meses de aversão por parte dos Big Players, vira o jogo de interesse, passando a ser a moeda com o melhor potencial de valorização frente ao dólar global que se desvaloriza no curto prazo.
É tempo de curtir o momento, mensurar os próximos fundos na paridade USD X BRL que ainda tem muito spread a oferecer.

Análise Técnica - Gráfico Diário
Dólar x Real: -1,14%

O movimento de teste no suporte de R$5,2067 para hoje estava ‘telegrafado” e havíamos alertado em nosso Boletim 1º Minuto pela manhã de hoje. A alta na sessão dessa última segunda-feira foi compreensível diante de um pregão onde com o feriado nos EUA trouxe não apenas baixa liquidez financeira como também favoreceu para uma alta do dólar frente ao Real brasileiro no início da manhã de ontem , a moeda americana não resistiu e após a formação da PTAX , os contratos futuros de Maio se encerraram devolvendo toda valorização da moeda frente o Real, por isso, confirmamos a possibilidade de um novo rali de baixa para hoje. O dólar testa o suporte S3 em R$5,1431 no qual consideramos um suporte fraco no tempo gráfico diário.

Fonte: Reuters e Investing.com